Vítima de insuficiência cardíaca, morreu ontem, no Hospital Bandeirantes, em São Paulo, o jornalista Mauro Chaves. Articulista e editorialista do Estado e do Jornal da Tarde desde 1981 e, mais recentemente, comentarista político da TV Gazeta, ele tinha 69 anos. Deixa a mulher, Carmem, e três filhos. Está sendo velado no cemitério Gethsemani, onde será sepultado às 16 horas de hoje.
Dedicado aos temas da vida cultural e artística, Chaves esteve sempre voltado para múltiplos interesses. Formou-se em Direito pela PUC-SP, fez também Administração de Empresas, Filosofia, Cinema e Línguas. Antes de seus 30 anos lançou seu primeiro livro, Três Contos Artificiais, e desde então se dedicou à criação de peças teatrais, aos livros, a produzir roteiros para o cinema e escrever crítica política e social. Em seus artigos e editoriais defendeu sempre posições liberais e denunciou abusos do Estado contra os direitos do indivíduo. Divertia-se, também, denunciando os modismos e o mau gosto no mundo do teatro e da mídia.
Aos 32 anos, em 1974, recebeu um prêmio especial do Serviço Nacional de Teatro pela peça Os Executivos – fruto da experiência acumulada como diretor de empresa. A peça foi encenada por Beatriz Segall e Ariclê Perez, com direção de Silnei Siqueira. Em Porto Alegre, ganhou o prêmio Secretaria da Cultura com a peça Alvará de Conservação. Produziu depois Adaptação do Funcionário Ruan, que lhe valeu o prêmio Pen Club. Outro trabalho, Contravérbios, na definição dele mesmo, “é uma reflexão sobre nossa linguagem, mas também sobre nossas belas e estúpidas incongruências”.
No final dos anos 70, com o diretor Carlos Reichenbach e os atores Luiz Gustavo e Sandra Bréa, produziu Capuzes Negros. Em Cabeça e Corpo, em 1983, Chaves abordou os conflitos e as ironias da vida conjugal. É autor, também, de O Dólar Azul, O Virulêncio e do ensaio A Evolução das Ideias no Brasil, que teve como supervisor Azis Ab”Sáber.
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