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ABERT defende destinação de canais em faixa de VHF para rádio AM



A ABERT manifesta oficialmente sua posição favorável à destinação da faixa de VHF, compreendida entre 76 MHz e 88 MHz, para permitir a digitalização das emissoras de rádio AM.


A decisão da entidade é endossada pelos presidentes de Associações Estaduais de Radiodifusão, reunidos em Brasília nesta quarta-feira, dia 29 de junho.


 A ABERT está certa de que a migração dessas emissoras para os canais 5 e 6 de televisão, que serão liberados quando da conclusão da digitalização da TV, prevista para 2016, é o caminho mais adequado para o rádio AM brasileiro.


 Há, pelo menos, três fatos a reforçar a convicção da entidade e dos presidentes das Entidades Estaduais, quais sejam:



  • · As características físicas do meio de propagação das ondas médias, suscetíveis a interferências e ruídos, mesmo no padrão analógico atual, impossibilitam a digitalização das emissoras na faixa de AM;
  • · A experiência de emissoras do México que estão sendo realocadas para a faixa de VHF;
  • · Os estudos preliminares já realizados pela Anatel sobre as condições de migração de emissoras AM em Santa Catarina.

 A realocação para a referida faixa, aliada à definição do padrão de rádio digital, permitirá que este meio de comunicação, às vésperas de completar 90 anos, integre-se ao atual ambiente de convergência, com mais qualidade de transmissão e novos recursos informativos.


 A entidade reitera sua convicção de que, independente do padrão a ser adotado, HD Radio ou DRM, são imprescindíveis os seguintes pressupostos:


 • possibilitar a transmissão simultânea dos sinais digitais dentro de mesma faixa atribuída para o sinal analógico atualmente irradiado;


• propiciar a transferência de tecnologia para a indústria brasileira de transmissores e receptores, garantida, onde couber, a isenção de royalties;


• possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do País;


• incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais;


• transmissão híbrida analógica e digital, simultâneas no período de transição;


• assegurar um calendário flexível que permita às emissoras de rádio a migração para o digital de forma gradual e conforme o interesse de cada empresa.


 Diante do exposto, a ABERT saúda a iniciativa do Ministério das Comunicações de promover um chamamento público para a realização de testes com padrões de rádio digital disponíveis no mercado, e se coloca à inteira disposição do Ministério para colaborar ativamente nesse trabalho.


 É importante lembrar ainda que o rádio brasileiro representa um mercado robusto. Há 4.526 emissoras de rádio comerciais (MC) e 200 milhões de receptores (IBGE). O rádio está presente em 50 milhões de domicílios (88,9%) e, embalado pela diversidade de plataformas tecnológicas, já trilha um caminho de promissora expansão.


 Estamos falando, neste caso, de 23,9 milhões de receptores instalados em veículos (80% da frota nacional) e de 75 milhões de telefones celulares equipados com aparelhos de rádio. Isso sem considerar o acesso por meio de Ipod´s, MP3, MP4 e outros equipamentos.


 Pioneiro como meio de comunicação de massa, há nove décadas, o rádio desempenha inestimável papel em favor da cidadania, da consolidação da democracia e do desenvolvimento econômico e social do país.


 Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO


             ASSOCIAÇÕES ESTADUAIS DE RÁDIO E TELEVISÃO

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