As operadoras começam a se preparar para passar pelo exame que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai fazer para verificar se cumpriram as metas para implantação da rede 4G no país. A agência vem fiscalizando o que as companhias fizeram e agora vai relacionar com o que estava estabelecido como meta. Segundo a Anatel, há fiscalizações em andamento e outras já em análise comparativa, sem conclusão ainda. A expectativa é que nos próximos dias seja feito o confronto entre os dados que as companhias enviaram à Anatel e o que foi medido em campo.
Nessa fase, alguns concorrentes fazem provocações sobre o cumprimento das metas dos outros. Não estão descartadas punições caso a Anatel confirme que objetivos não foram atingidos.
As operadoras começaram a instalar suas redes no primeiro semestre do ano passado, variando de março a junho. Houve muita pressão do governo sobre as empresas para que a primeira fase entrasse em operação nas seis cidades-sede da Copa das Confederações até 30 de abril. As teles correram para atender às metas, mas houve reclamações de usuários sobre a qualidade dos serviços em algumas áreas. A Claro saiu na frente, em março, com a TIM na sequência. A Telefônica/Vivo lançou o serviço em abril e a Oi em junho.
Até o fim de 2013, o 4G deveria estar ativado nas seis capitais que vão sediar a Copa do Mundo de 2014 (São Paulo, Porto Alegre, Cuiabá, Curitiba, Manaus e Natal). Até o fim deste ano, a implantação deverá ser finalizada em todas as capitais com mais de 500 mil habitantes; em 2015, nas cidades com mais de 200 mil habitantes; 2016, nos municípios com mais de 100 mil habitantes; e em 2017 nas localidades com mais de 30 mil.
Pelos últimos relatórios da agência reguladora, a Vivo lidera o ranking de 4G, com mais de 538 mil clientes, 41,08% de participação de mercado e cobertura em 73 cidades. Em seguida estão TIM, Claro e Oi. Mais visada, por estar no topo, a Vivo é alvo de observação de setores do mercado, interessados em saber se cumpriu os objetivos. Ao Valor, a operadora informou que atendeu a todas as metas, levando a rede até a algumas subsedes para os jogos da Copa, só definidas em janeiro, mas com prazo de cobertura até 30 de abril.
O serviço 4G funciona no Brasil com a tecnologia LTE, majoritariamente na faixa de frequência de 2,5 gigahertz. Mas é usada também a faixa de 1,8 GHz e será leiloada a de 700 MHz neste ano.
Fonte:Valor Econômico -Empresas