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HT Micron dá largada à produção de chip no país


A produção de semicondutores no país, almejada há décadas pelos setores de tecnologia da informação (TI) e eletroeletrônicos, está mais próxima de se tornar realidade. Ontem, a HT Micron, joint-venture formada pela sul-coreana Hana Corporation e pela brasileira Parit Participações (controladora da Altus e da Teikon), inaugurou uma “sala limpa” para fabricar chip em São Leopoldo (RS). O cronograma da companhia a coloca à frente do Centro Nacional em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) na corrida pela produção local desses componentes.

A “sala limpa”, uma estrutura de 450 metros quadrados instalada no Parque Tecnológico São Leopoldo Tecnosinos, no campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), consiste em um ambiente com concentração reduzida de partículas no ar, condição necessária para encapsulamento e teste de semicondutores, que consiste na ligação dos circuitos internos dos componentes do chip. A fabricação de um chip é feita em cinco fases, sendo que as três primeiras são concepção, projeto e fabricação. No Brasil, existem aproximadamente 20 empresas de pequeno porte focadas em projetos de semicondutores, mas a produção é feita em outros países.

Ricardo Felizzola, presidente da HT Micron, afirma que as etapas anteriores serão concluídas nas unidades da Hana Corporation, na Coreia do Sul. Ele também diz que as máquinas já estão em território brasileiro e aguardam o desembaraço na alfândega. A companhia trouxe da Coreia do Sul dez engenheiros para fazer a instalação dos equipamentos. O executivo prevê iniciar a produção em outubro. “Essa unidade já é uma demonstração da capacidade de se fabricar semicondutores no Brasil e vai viabilizar a produção de chips para smartphones”, afirma.

A HT Micron prevê fabricar neste ano 5 milhões de chips para smartphones nessa unidade. A sala limpa funcionará como uma linha de manufatura provisória até a inauguração da fábrica, de 9 mil metros quadrados, em construção em São Leopoldo. A previsão é de que a fábrica inicie suas operações em abril ou maio de 2012, diz Felizzola. A partir de então, a sala limpa será a sede do Instituto de Semicondutores da Unisinos.

Na fábrica definitiva, a capacidade de produção será de 50 milhões de chips por mês. Em 2012, estima Felizzola, a produção ficará em torno de 10 milhões de semicondutores por mês, entre módulos de memória para computadores, memórias flash, chips para smartphones, circuitos integrados para TV digital, entre outros. “A produção de 2012 pode atingir de 5% a 10% da demanda de chips de memória no Brasil, considerando as encomendas já feitas”, diz. O investimento na fábrica será de US$ 200 milhões no prazo de cinco anos.

O Brasil importa, em média, US$ 17 bilhões ao ano em semicondutores. Mas a cadeia do setor demora a se desenvolver. Além da HT Micron, existe o projeto de fábrica de chip do Ceitec, empresa de capital misto vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Criada em 2008, a companhia já recebeu R$ 500 milhões em aportes e prevê iniciar a produção em 2012.

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

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