O mercado publicitário brasileiro movimentou R$ 39,03 bilhões, um crescimento de 8,5% em relação ao resultado de 2010. Os dados foram divulgados hoje pelo Projeto Inter-Meios, uma parceria entre o grupo Meio & Mensagem (M&M)e a consultoria PricewaterhouseCoopers para mensurar os investimentos em publicidade no Brasil.
“É um bom resultado se comparado ao desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, que deve ter crescido na faixa dos 3%”, disse o presidente do grupo M&M, José Carlos Salles Neto.
Para ele, a competição entre as empresas de diversos setores estimula o mercado publicitário e permite que ele cresça acima do PIB. “Os investimentos em publicidade estão ligados à estratégia de marketing das empresas para aumentar suas vendas e market share. Quem fica de fora, perde mercado”, concluiu.
A expectativa do presidente do grupo M&M é que o mercado publicitário cresça neste ano em ritmo próximo ao do anterior, na casa dos 9%.
Divisão. Os investimentos em mídia somaram R$ 31,6 bilhões no ano passado -o restante da verba foi consumida com produção comercial. A televisão aberta ampliou em 9,2% sua receita publicitária e se manteve em 2011 como o meio de comunicação que mais recebeu investimentos de anunciantes no Brasil. Ao todo, as emissoras responderam por 63,3% do bolo publicitário.
“A TV no Brasil ainda tem muita eficácia para a comunicação de massa. O market share tão grande do meio só existe no Brasil”, disse Salles Neto.
Depois da televisão aberta, o jornal foi o segmento com maior participação nos investimentos em mídia -11,8% do total. “O jornal é uma mídia qualificada e goza de prestígio. Por isso é importante para os anunciantes”, disse Salles Neto.
O maior crescimento nos investimentos publicitários entre os meios foi na internet. A verba publicitária nos veículos online subiu 19,6% em 2011 e elevou a participação de mercado do segmento para 5,1% do total.
Os únicos meios que tiveram redução de receita publicitária foram o cinema e os guias e listas, cuja retração ante 2011 alcançou, respectivamente, 6,4% e 2,6%.
Fonte:O Estado de S.Paulo -Economia & Negócios