Articulador do edital de licitação dos direitos de transmissão do Brasileiro, Ataíde Gil Guerreiro, diretor-executivo do Clube dos 13, reconhece que uma eventual saída em bloco de seus integrantes inviabiliza a disputa de um Nacional da maneira como ela ocorre hoje.
Sem vários de seus times, o Brasileiro perderia apelo.
No momento em que o Corinthians ameaça abandonar o C13 -o time quer mais autonomia na negociação dos direitos de transmissão- e afirma ter ao seu lado cerca de metade dos clubes, o executivo pede uma solução pacífica para a polêmica.
“Não tem problema um clube sair [do C13]. O problema é se 15 resolverem sair. Mas não acredito que isso aconteça”, afirma Guerreiro.
“Não vejo movimentação para isso. Falei com o [Andres] Sanchez na sexta-feira, às 23h, e ele não falou nada sobre isso”, disse o cartola.
Os times que planejam deixar o C13 acenam ainda com a possibilidade da criação de uma liga independente. E dizem ter o apoio da CBF.
“”Nós também pensamos na liga, mas isso tem que ser de comum acordo entre o Clube dos 13 e a CBF, e é uma coisa para mais para a frente”, declarou Guerreiro.
Se concretizada a divisão dos times em dois blocos, com contratos distintos com duas emissoras de TV, uma possibilidade cogitada por alguns clubes é a de que o clube mandante tenha sua partida transmitida pela rede com a qual mantém acordo.
Porém Guerreiro afirma que, legalmente, esse cenário não é possível, já que as duas equipes são “”donas” da partida de que participam.
O executivo crê ter uma carta na manga no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), “”que pode aplicar uma multa caso os clubes deixem a entidade”.
A favor da Globo, que disputa os direitos da TV aberta com Record e Rede TV!, está o fato de alguns clubes acharem que o fato de os lances dos jogos serem veiculados em programas não esportivos de grande audiência traz um grande valor agregado.
Acreditam que isso pode agradar aos patrocinadores.
Mas Guerreiro declara que o C13 contratou uma empresa para calcular uma média da exposição dos times em programas de TV que não os jogos, como noticiários, e exigirá que a emissora que ganhar o contrato exiba, pelo menos, essa mesma média.
“É uma maneira de valorizar os patrocinadores”, afirmou o diretor do C13.
O cronograma da entidade prevê que o edital de licitação para a concorrência da TV aberta seja enviado depois de amanhã. A comissão que formata os contratos se reúne hoje para votá-los.
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