Licitação deverá ser realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações em agosto

BRASÍLIA – Os radiodifusores e as empresas de telecomunicações estão preocupadas com as interferências de serviços e os custos envolvidos no leilão da faixa de 700 megahertz (MHz). A licitação deverá ser realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em agosto, mas no edital de licitação deverá constar todos os problemas e os recursos necessários para solucioná-los.

O presidente do Grupo Telefonica, Antonio Carlos Valente, que participou do Seminário Políticas de Telecomunicações nesta quarta-feira, disse que existem questões técnicas importantes que precisam ser resolvidas para que o leilão possam ser realizado. Ele falou ainda que divergências do passado já foram resolvidas. Está previsto que as empresas vencedoras do leilão, no caso as telefonicas, terão que indenizar os radiodifusores pela desocupação das faixas de frequencia, hoje utilizada pela TV analógica.

Estamos preocupados com relação as interferências que podem acontecer, dos radiodifusores em cima das empresas de telecomunicações e as empresas de telecomunicações em cima dos radiodifusores. E é bom pacificar isto para que a gente possa avançar de maneira segura, senão a gente vai acabar comprando um problema e não uma solução — disse Valente.

O presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero, disse concordar com as empresas de telecomunicações que existem problemas técnicos, “complexos e graves” que precisam ser enfrentados. Para ele, a Anatel precisa claramente dimensionar e quantificar o problema.

O nosso ponto do leilão de 700 MHz é que todas as questões de interferência, para que não prejudiquem os serviços de telefonia móvel 4G e principalmente o nosso negócio, estejam resolvidas e absolutamente quantificadas e colocadas em detalhes no edital de licitação — disse Daniel Slaviero.

Fonte:O Globo on line
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