Terça-feira, 20 de Outubro de 2009, 21h59
Em debate nesta terça-feira, 20, na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados sobre a digitalização dos sistemas de rádio e televisão no Brasil, a recente iniciativa do governo de fazer mais testes com o padrão europeu DRM (Digital Radio Mondiale) foi comentada com preocupação pela Abert. O conselheiro da associação, Evandro Guimarães, falou da importância de uma escolha rápida de qual modelo será adotado para que o setor não seja prejudicado no processo de transição. “Para as emissoras de rádio, é digitalizar ou ficar em grande dificuldade para sobreviver”, declarou o executivo.
Guimarães deixou clara a preferência do segmento pelo padrão norte-americano Iboc (In-Band-On-Channel) ao contar que diversas emissoras já compraram equipamentos com esta tecnologia e aguardavam apenas o anúncio de uma decisão. O maior temor é que o Brasil fique muito defasado em relação aos demais países do mundo na definição de um padrão, como ocorreu no caso das televisões. “Nós já nos atrasamos em cerca de dez anos para esta transição”, afirmou, em relação à digitalização das TVs.
O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Anatel, Ara Apkar Minassian, ponderou sobre as deficiências dos dois padrões em relação ao atendimento das rádios em funcionamento no país. Enquanto o Iboc não atende as rádios que operam em ondas curtas e tropicais, o DRM ainda está em período de reconhecimento como padrão para o FM. Ele confirmou que novos testes serão executados, mas não fez considerações sobre as análises já realizadas. “Os resultados dos testes não foram conclusivos e agora vamos fazer novos”, afirmou.
A atenção da Anatel é para o fato de que, ao contrário da migração das TVs, não há canais disponíveis para a transição nas rádios, obrigando que as emissoras usem o mesmo canal para as transmissões analógica e digital. Esse aspecto pode contribuir para o aumento de interferências, que a agência quer evitar. Apesar dos obstáculos, Minassian acredita que, até o fim do ano, o processo de testes deve estar concluído. Mariana Mazza
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