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Governo desiste de levar fibra óptica a todas as residências brasileiras

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou hoje (14) que o Plano Nacional de Banda larga 2.0 que está em discussão no governo prevê investimentos de R$ 120 bilhões em 10 anos, e terá metas trienais e quinquenais. Mas, segundo o ministro, o governo desistiu da intenção inicial de levar a fibra óptica para todas as residências brasileiras – cujos custos estimados seriam de R$ 180 bilhões – porque se convenceu que na região Amazônica a implantação desta rede fixa de banda larga seria impossível. “Na Amazônia, iremos atender pelo menos 200 municípios com o satélite da Telebras”, afirmou Bernardo.

Segundo o ministro, os planos de investimentos de R$ 120 bilhões para massificar a banda larga com diferentes tecnologias estão mantidos nas discussões e deste montante, pelo menos R$ 27 bilhões terão que ser alocados para a construção dos backhauls em todos os municípios brasileiros.

Recursos

Para viabilizar estes investimentos, afirmou Bernardo, o governo irá contar com três fontes: recursos do Tesouro Nacional; investimentos do setor privado, pela venda de frequências em troca da construção de infraestrutura; e financiamento subsidiado dos bancos de fomento. Quanto à troca dos bens reversíveis, Bernardo voltou a afirmar que esta discussão está encerrada, e não haverá qualquer troca de regime neste governo.

O ministro afirmou ainda que o Proteste, que ingressou com uma ação no Ministério Público contra um documento que propunha a troca dos bens reversíveis por investimentos em banda larga, não pode querer proibir que o governo discuta qualquer alternativa. “Da mesma forma que eles já propuseram mudar o regime da banda larga de privado para público”, assinalou o ministro para completar que não haverá mudança nenhuma em nenhuma das duas direções.

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