Entre os muitos desafios a serem vencidos para que o Brasil complete a transição tecnológica destinada à digitalização da televisão terrestre está o domínio tecnológico que se reflete na capacidade de produção e nos custos dos dispositivos necessários para os transmissores e receptores dos usuários. É preciso viabilizar as operações das pequenas emissoras e retransmissoras espalhadas pelo interior do País, que contam com poucos recursos financeiros para suas atividades. A sua digitalização requer a aquisição de equipamentos e especialização profissional apurados a um custo bastante elevado, considerando que, em sua maioria, trata-se de tecnologia importada.
Neste contexto, o CPqD, com apoio do FUNTTEL, desenvolveu uma plataforma de transmissão de baixo custo para pequenas emissoras de televisão terrestre. A plataforma é composta por módulos de software em conjunto com placas comerciais, integrados sob uma plataforma computacional de uso comum. Os módulos de sistemas de software desenvolvidos pelo CPqD e registrados junto ao INPI contemplam um sistema de supervisão de transmissão da plataforma, um sistema de multiplexação de sinais, um sistema de gerência integrada, para controle e gerenciamento da plataforma, e um editor de guia eletrônico de programação.
Segundo o Diretor de Tecnologias de Serviços, Juliano Castilho Dall’Antonia, a base tecnológica de sustentação e desenvolvimento do produto foi firmada em infraestrutura equivalente à de computadores pessoais, visando a uma redução substancial do custo e à simplificação operacional. “Estimamos que o custo final da nova plataforma seja um terço do valor das similares disponíveis no mercado”, comenta Juliano.
A tecnologia, genuinamente brasileira, deverá favorecer técnica e economicamente as pequenas emissoras de televisão, de maneira que implementem a transmissão de sua programação digital, aderindo à evolução tecnológica em implantação no Brasil. “A adoção dessa plataforma para TV digital deverá contribuir para o surgimento de novas emissoras e programadoras, operando no formato digital estabelecido pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital”, afirma Juliano. “Em última análise, a iniciativa é uma contribuição do CPqD ao Brasil, para a redução do prazo de transição da era analógica para a digital” comenta.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CPqD