O uso de dados médio mensal por smartphone na América Latina aumentará dos 0,8 GB atuais para 3 GB.
A quantidade de conexões de banda larga móvel vai mais que duplicar nos próximos cinco anos, passando dos atuais 2,9 bilhões de acessos, para 7,7 bilhões. Os smartphones, que hoje já são a maioria destes acessos, será o responsável pelo aumento, passando dos 2,6 bilhões em uso, hoje, para 6,1 bilhões em 2020. As projeções fazem parte do Relatório de Mobilidade, publicado todo trimestre pela fornecedora de infraestrutura em telecomunicações Ericsson.
De acordo com o levantamento, haverá 9,2 bilhões de dispositivos móveis em uso no mundo daqui cinco anos. Os mercados emergentes vão alavancar a adoção, especialmente na Ásia Pacífico, Oriente Médio e África. O 5G deverá sair do papel apenas em 2020, mesmo, inaugurando novos usos par redes móveis. A América Latina terá 330 milhões de assinaturas de smartphones a mais até o final de 2020. O uso de dados médio mensal por smartphone na América Latina aumentará dos 0,8 GB atuais para 3 GB.
O número de assinaturas em banda larga móvel vai superar a própria população em muitos países, revelam os dados. Até 2020, 85% de todas as assinaturas móveis serão de banda larga. A empresa estima que 90% da população mundial acima de seis anos de idade terá um celular em 2020.
O 4G deve se aproximar do 3G em número de usuários. Até lá, serão 3,8 bilhões de pessoas usando as tecnologias WCDMA/GSM, e 3,7 bilhões com acesso LTE. O número de usuários 2G deve cair continuamente, passando dos 4 bilhões no final de 2014 para 1,4 bilhão em 2020.
Atualmente, apenas a América do Norte possui 100% das conexões móveis nas tecnologias 3G/4G. A Europa ocidental tem 75%, que chegarão a 100% nos próximos cinco anos. A América Latina passará de 40% para 90%, acima de Europa central e oriental (50% hoje) e Ásia Pacífico (40%), que terão 85% das conexões em 3G ou 4G; e que Oriente Médio e África, que terão 70% (ante 20% atualmente).
A cada ano, até 2020, o tráfego de vídeo móvel crescerá a incríveis 55% por ano e constituirá cerca de 60% de todo o tráfego de dados móveis até o fim desse período, no mundo. O crescimento é fortemente impulsionado pela mudança das preferências dos usuários por serviços de streaming de vídeo e pelo domínio cada vez maior de vídeos em conteúdo online, incluindo notícias, propagandas e mídias sociais.
Tráfego
O relatório mostra a multiplicação do consumo de dados em todo o mundo. As regiões onde o tráfego mais vai crescer serão Ásia Pacífico e o conjunto de países que formam Europa Central, Oriente Médio e África. Nestes casos, o trânsito de dados vai se multiplicar por 11. Na Europa Ocidental, o crescimento será de nove vezes, na América do Norte, de oito vezes, e na América Latina, de sete vezes até 2020. A companhia estima que o tráfego mundial acumulado entre 2015 e 2020 seja de 570 exabites, contra 25 exabytes registrados entre 2009 e 2014.
M2M
A empresa fez também refez projeções para o número de dispositivos que vão se conectar à rede até 2020, cortando pela metade cálculos de 2010 que apontavam para 50 bilhões de aparelhos com acesso à internet até 2019. Pelo novo cálculo, até 2020, serão 26 bilhões de objetos conectados, dos quais, 15 bilhões serão celulares ,tablets e PCs. Ao final de 2014 havia 230 milhões de objetos conectados às redes móveis. Apesar da redução drástica na conta, a empresa garante que as tecnologias de internet das coisas e máquia a máquina vão continuar crescendo em adoção nos próximos anos.
Redes
Nos próximo cinco anos, a perspectiva é que 90% da população mundial tenha cobertura de banda larga móvel. O 2G crescerá da cobertura atual de 90% para 95%, o 3G passará dos atuais 65% para 90%, se tornando o principal tipo de acesso à internet no planeta. O LTE deve passar da cobertura atual de 40% para 70% da população.
O levantamento mostra que existem, hoje, 54 redes LTE TDD em funcionamento comercial em 34 países. Outras 16 redes como modos TDD e FDD em conjunto. As redes LTE-Advanced são 64. O total de redes 4G é de 393, em 138 países. A Ericsson acredita que ainda neste ano começam operações comerciais que unem redes móveis a espectro não licenciado.
Os dados usados no estudo foram coletados entre o final de 2014 e começo de 2015. Usam dados históricos de diversas fontes, além da análise de tráfego e do comportamento de 100 redes espalhadas pelo mundo, monitoradas pela Ericsson.
Fonte:Tele Síntese – Plantão