O mercado global de infraestrutura de telecomunicações cresceu 2% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre, e também 2% em relação ao mesmo período de 2014. O responsável por este crescimento foi a demanda por tecnologia 3G W-CDMA e LTE, conforme a empresa de pesquisa de mercado IHS.
O relatório, que não foi completamente divulgado, aponta o Brasil como um dos principais impulsionadores da demanda por 3G no mundo, no momento. “A tecnologia W-CDMA resgatou o mercado 2G/3G do ostracismo e contribuiu para o crescimento do conjunto do mercado de infraestrutura”, diz Stéphane Téral, diretor de pesquisa para infraestrutura móvel e de operadoras da IHS.
Houve investimento substancial no Brasil, na Índia, no Oriente Médio, em Myanmar, na Tailândia e no Vietnã no período. “O Brasil iniciou uma migração enorme do 2G GSM para o 3G W-CDMA, enquanto a Tailândia ordenou os operadores locais a desligar as redes GSM para o reuso com LTE”, explica o analista. Ele lembra também que o mercado LTE chinês continua aquecido.
A IHS não liberou, porém, números que mostrem o tamanho desses investimentos regionalmente. Em termos globais, o mercado de macrocélula somou o equivalente a US$ 11,4 bilhões no segundo trimestre. A receita gerada com LTE pelo setor cresceu 10% em relação ao mesmo período de 2014. A IHS estima que apenas o LTE vá movimentar US$ 23 bilhões em 2015. A partir do ano que vem, os valores investidos na tecnologia devem começar a cair.
Até julho havia 422 redes de quarta geração em operação no mundo, 363 delas operando com tecnologia FDD-LTE. Ericsson e Huawei se mantiveram na liderança do fornecimento dessas redes, cada uma com 20% de market share. A IHS estima, ainda, que o mercado de software para infraestrutura deva crescer pelos próximos cinco anos seguido, ao menos 8% CAGR.
Fonte: Aesp