O horário eleitoral gratuito e obrigatório e o crescimento da TV por assinatura causaram um fenômeno inédito: pela primeira vez na história, o conjunto de canais pagos e emissoras abertas nanicas teve mais audiência do que a Globo.
Segundo dados do Ibope na Grande São Paulo, em setembro a Globo teve menos audiência na faixa da tarde do que os chamados “OCNs”, sigla em que são agrupados os chamados “outros canais”, ou seja, centenas de canais fechados e emissoras UHF.
Os OCNs somaram 9,8 pontos na média das 12h à 18h, contra 9,6 da Globo. Um ano antes, na mesma faixa horária, a Globo cravou 11,7 pontos e os “outros canais”, 6,8. A Globo caiu 17%, enquanto os OCNs disparam 44%. Em setembro, os canais pagos tiveram quase o dobro da audiência da Record (5,2 pontos) e do SBT (5,8).
Nas demais faixas de horário, a Globo foi líder absoluta. De manhã (6h/12h), registrou 6,7 pontos, contra 5,6 dos OCNs e 4,1 de SBT e Record. À noite (18h/24h), a Globo liderou com 19,2 pontos, mas os OCNs saltaram de 9,4 em setembro de 2013 para 13,3 pontos, quase o dobro de Record (7,8 pontos) e SBT (7,0). Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande São Paulo.
Os OCNs não são exatamente a audiência da TV por assinatura, mas são compostos basicamente de canais pagos. Com o horário eleitoral, as emissoras abertas chegam a cair pela metade no Ibope, enquanto os canais pagos cresceram até 700%.
Por ter a maior audiência, a Globo é a maior prejudicada pelo horário eleitoral. Exibido antes da propaganda política das 13h, o Globo Esporte crava dez pontos de média na Grande SP. O horário eleitoral derruba para cinco. O impacto é tão forte que a emissora só consegue se recuperar com as novelas, a partir de Malhação.
Fonte:Notícias da TV -Audiências