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Comitê para a Proteção dos Jornalistas lança relatório especial sobre liberdade de imprens

O 6º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia marcou o lançamento do relatório especial sobre a liberdade de imprensa no Brasi elaborado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Ele inclui capítulos sobre a violência e a impunidade, o marco civil e legislação sobre a internet, a censura judicial, obstruções para cobrir os protestos, além das recentes medidas do governo e as conclusões do Grupo de Trabalho. Inclui também recomendações do CPJ para o governo brasileiro sobre a forma de abordar estas questões.
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Outro relatório, apresentado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vem, desde os protestos de junho de 2013, compilando casos de violações contra jornalistas. A Abraji decidiu ouvir os jornalistas agredidos, presos ou hostilizados nas ruas desde o ano passado e produzir, a partir da experiência deles, um guia prático com algumas informações sobre o que acontece nas manifestações e como os jornalistas podem se proteger.
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De acordo com Clarinha Glock, representante da Abraji, a entidade traçou um histórico do que está acontecendo e dos tipos de violência. O manual completo será lançado antes da Copa do Mundo. “É um guia para auxiliar na cobertura da Copa do Mundo e das possíveis manifestações que irão ocorrer. Desde 2000, quando comecei a pesquisar, vi que a profissão vive um momento muito emblemático. Um deles foi o caso Tim Lopes, em 2002”, afirmou.
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Segundo ela, após disso, muitas empresas começaram a usar coletes e a se preocupar mais com medidas de segurança, o que não significa que não tiveram agressões. “Vimos muitos casos em situações específicas em áreas com coronelismo, por exemplo, mas foram casos que não estavam na grande imprensa”, afirmou Clarinha.
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Um dos depoimentos da plateia, e que também participou do relatório da CPJ, foi do filho do comentarista esportivo Valério Luiz, assassinado em 2012 em Goiânia, e que tramita no CNJ. “Nossa desconfiança com desembargadores é grande. Vamos acompanhar o grupo de trabalho e espero que isso prossiga”, afirmou Valério Luiz Filho.
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Entre as dicas produzidas pela Abraji para os jornalistas, estão: não usar lentes de contato, já que o gás lacrimogêneo entra por baixo delas; usar tecidos naturais, pois são menos inflamáveis que os sintéticos; mulheres devem considerar não usar maquiagem, pois o gás adere a ela e que equipes devem procurar traçar rotas de fuga. “A equipe tem que planejar previamente o que tem que ser feito”, completou Clarinha.
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O Painel II foi moderado por Ricardo Uceda, do Instituto Prensa y Sociedad – IPYS e também contou com a participação de Carlos Lauría e María Teresa Ronderos, ambos do Comitê para a Proteção dos Jornalistas. “A liberdade de imprensa é um elemento necessário na sociedade democrática. É como se fosse o máximo de cidadania. É uma questão central e queremos apoiar todos os envolvidos. Que a informação flua e seja vista”, afirmou María Teresa.
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De acordo com Lauría, o Brasil teve pelo menos 12 jornalistas mortos em represália direta pelo desempenho profissional desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o governo em 2011, e outros cinco assassinados em circunstancias poucos claras. “A investigação de grupos de mídia e de defensores da liberdade de imprensa, tantos nacionais quanto internacionais, levou o governo de Dilma a tomar medidas, principalmente com a formação de um grupo de trabalho no final de 2012 para investigar ataques contra a imprensa e emitir recomendações ao governo federal. Agora que o grupo divulgou seu relatório, a questão é se o governo vai ou não implementar suas recomendações e, caso sim, com que rapidez”, afirmou.
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Fonte:Portal Imprensa -Últimas Notícias

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

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