MipTV mostra que televisões de países emergentes como a China ajudarão a manter volume de negócios na área Organizadora do evento, Anne de Kerckhove, também aposta em interação com tablets e afins
Uma das maiores feiras de TV do mundo, a MipTV, que acabou ontem em Cannes, sente que a crise econômica chegou ao mercado audiovisual europeu.
Porém, emergentes, como a China, mantêm o volume de negócios e participantes.
Em entrevista à Folha, Anne de Kerckhove, diretora de entretenimento da ReedMidem e organizadora do evento, afirma que grandes produtores como Itália, Espanha e Grécia reduziram sua presença no mercado.
De Kerckhove se preocupa com o efeito da crise nos próximos anos de programação de TV, pois os projetos precisam captar recursos agora, quando eles estão escassos.
A diretora é otimista com as experiências de redes sociais e com a “segunda tela” -aplicativos para tablets ou smartphones acessados simultaneamente a televisão. De Kerckhove chama isso de “experiências socialmente conectadas”.
De Kerckhove promete expandir a participação no mercado brasileiro, onde já participa da Rio Content Market, feira do setor audiovisual.
NOVAS SÉRIES
Foi visto grande interesse pela comédia “Anger Management”, o novo projeto de Charlie Sheen.
Produzida pela Lionsgate, a série é inspirada no filme “Tratamento de Choque” e o ator faz um ex-jogador de beisebol que precisa aprender a controlar a raiva.
O drama “Copper”, da BBC America, também é promessa da nova safra. O seriado retrata a vida de irlandeses em Nova York no século 19.
Outro destaque é o drama “Hunted”, de Frank Spotnitz, roteirista de “Arquivo X”, com espiões de uma empresa de segurança.
O roteirista Aaron Sorkin (escreveu “The West Wing”), assina a produção “The Newsroom”, da HBO. O personagem principal é um popular jornalista que corre risco de demissão após perder o controle numa entrevista.
Na área de comédias, uma das apostas da MipTV é o seriado “Girls”, também da HBO, que tem produção executiva de Judd Apatow, responsável por filmes como “O Virgem de 40 Anos”.
Fonte:Folha de São Paulo – Ilustrada