Califórnia, EUA. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), entidade que reúne 1.300 jornais das Américas, irá pedir ao Congresso brasileiro que não aprove a lei que torna obrigatório o diploma de jornalista para o exercício da profissão.

A resolução está em um documento sobre liberdade de imprensa no Brasil, aprovado ontem, durante encontro do grupo que aconteceu em San Diego, na Califórnia. O texto inclui outro pedido ao Congresso: a tomada de providências imediatas para encerrar a censura imposta pela Justiça ao jornal “O Estado de S. Paulo”, proibindo o diário de veicular reportagens sobre gravações de supostas irregularidades envolvendo o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O comitê de liberdade de imprensa da SIP (sigla do grupo em espanhol) aprovou relatórios de diversos países, apresentados durante a semana, com destaque para situações precárias de trabalho no México, na Bolívia, na Venezuela, no Equador e na Argentina.

Dentre os principais desafios dos jornalistas no continente estão ações do crime organizado, campanhas de desmoralização por parte dos presidentes, distribuição arbitrária da publicidade oficial, acesso à informação pública e reformas nas constituições, que minam a liberdade de expressão.