“É necessária a responsabilização destas empresas e plataformas pela divulgação de conteúdo disponibilizado na rede mundial de computadores, em especial quando se verificar a veiculação de notícias falsas ou informações direcionadas e impulsionadas eletronicamente, com fins lucrativos”, disse. Para ele, a presença de mentiras, ofensas e ódio nas plataformas são uma consequência da falta de responsabilização e supervisão das atividades das companhias digitais.
Lara Resende lembrou que países como Austrália, França e Canadá estão avançados no debate sobre como criar um ambiente simétrico no setor de mídia. “E o Brasil não pode ficar inerte. A inovação exige igualdade de tratamento, justo e leal, entre todos os agentes econômicos que competem na mídia”, afirmou. Ele enfatizou também o papel das empresas de radiodifusão que, ao exercerem jornalismo profissional e entretenimento responsável, colabora com a proteção e o desenvolvimento dos processos democráticos.
O presidente da AIR, Eugênio Mendoza, por sua vez, defendeu a necessidade de os países das Américas debaterem uma forma de regulamentação das grandes empresas digitais e, também, a simetria de regras no mercado de mídia. “É propício que comecemos a ter outras referências, ajustadas no âmbito continental. O Brasil é mais que um país, é um continente por sua envergadura política e econômica e é preciso colocar em foco esta discussão”, disse.
Segundo Mendonza, os diagnósticos são necessários, mas é preciso avançar em direção a ações mais concretas, como regulamentação, para que se estabeleça um sistema mais justo e que contemple os meios locais e nacionais.
fonte : ABERT