Na fase dois do leilão do 4G, o governo venderá as frequências de 700 MHz que serão devolvidas pelas emissoras de rádio e TV, hoje em processo de migração do sinal analógico para o digital.
Adquiridas pelas teles, essas frequências serão utilizadas à medida que forem sendo devolvidas, seguindo um cronograma a ser definido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Esse foi o acordo que o governo fechou com as teles para que elas, em junho de 2012, aderissem ao 4G a tempo de disponibilizá-lo na Copa do Mundo, neste ano.
Naquele momento, as operadoras pagaram R$ 2,9 bilhões pelas licenças da primeira etapa do 4G, na faixa de 2,5 GHz.
Em troca, o governo prometeu destinar a faixa de 700 MHz como “complemento” à de 2,5 GHz.
Para as operadoras de telefonia, que ainda não tinham amortizado os investimentos do 3G, a conta do 4G só fecharia se elas pudessem operar nas duas frequências.
Em 2,5 GHz, a cobertura é limitada. É preciso cerca de três antenas para obter o mesmo alcance de uma única antena de 3G.
Nesse caso, a tecnologia funciona em cidades densamente povoadas com alto poder de renda.
A de 700 MHz permite cobrir grandes áreas. É ideal para localidades com menos habitantes e menor potencial de compra. Por isso, seria um “complemento”.