O governo mineiro negou qualquer favorecimento à Rádio Arco Íris. Questionado sobre o valor repassado à emissora entre 2003 e 2010, o Executivo alegou que não seria possível informar o montante “tendo em vista a distância no tempo e o fato de documentos se encontrarem arquivados” juntos de cerca de 500 mil outros relativos aos repasses feitos às agências de publicidade encarregadas dos pagamentos de “centenas de veículos”.
A Secretaria de Governo de Minas afirmou que os pagamentos feitos pelas agências à rádio seguiram os mesmos critérios utilizados para definição de investimentos em outras cerca de 300 emissoras do Estado. Disse que a rádio nunca foi beneficiária de “nenhum tipo de patrocínio”. O governo salientou que a emissora, “líder do segmento jovem”, solicitou sua retirada do plano de mídia do governo “para evitar o uso político-eleitoral”.
Em nota, o PSDB de Minas afirma que a representação dos deputados tenta usar o MP estadual “com intuito de gerar falsas acusações contra o governo de Minas Gerais e caluniar o senador Aécio Neves”. Afirmou que não cabe a apropriação das atividades do órgão “para finalidade político-partidária” e que “causou estranheza a iniciativa atípica de um promotor, fugindo ao rito da instituição, de reabrir uma ação já investigada e concluída pelo mesmo Ministério Público”. Na nota o PSDB não cita o promotor João Medeiros, mas cobra conclusões de representações feitas na Promotoria contra o deputado Rogério Correia.
“O que nós queremos é respostas para a denúncia que fizemos”, reagiu o petista. Medeiros disse que as representações foram distribuídas para uma promotora e não tinha informações sobre o andamento do caso.
Aécio não comentou. Andréa Neves, que consta como sócia administradora da rádio, também não quis falar sobre o assunto. / E. K. e M. P.