Licenciamento de obras da empresa em ruas do Rio de Janeiro foi suspenso ontem por secretaria municipal
SÃO PAULO e RIO. O presidente da GVT, Amos Genish, afirmou ontem que a operadora está se preparando para lançar, ainda neste mês, seu serviço de televisão por assinatura via satélite.
Por enquanto, o novo produto estará disponível nas 16 maiores cidades em que a GVT opera. Até o fim do ano, o serviço será estendido a toda a área de cobertura da empresa.
O investimento inicial previsto é de R$ 650 milhões, de um total de R$ 1,8 bilhão destinado a esse negócio.
Genish disse que a GVT TV, como foi batizado o serviço, vai combinar as tecnologias via satélite (DTH) e de internet (IPTV). A ideia, segundo ele, é explorar todas as oportunidades nessa plataforma, como a venda de vídeos on demand e portais de e-commerce.
— Em dois anos queremos ultrapassar a Net — disse ele na Futurecom, sem, no entanto, revelar os preços que adotará.
Segundo Genish, por conta do novo marco regulatório sancionado ontem pela presidente Dilma Rousseff, o setor de TV por assinatura deverá passar por profundas modificações. Mesmo assim, considerando que a Net tem hoje 4,3 milhões de assinantes, a missão da GVT é bastante ambiciosa. Ele citou como exemplo de crescimento rápido o serviço do Netflix, que, lá fora, por um valor mensal de US$ 8, dá acesso ilimitado a todos os seriados da televisão. O serviço acaba de chegar ao Brasil.
Obras da operadora deixam ruas do Rio em mau estado
Entretanto, a GVT tem outros desafios antes da Net. O licenciamento de suas obras nas ruas no Rio foi suspenso ontem pela Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos, conforme adiantou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois. Também foram embargadas oito intervenções da concessionária que estavam em andamento no Centro, Catete e Botafogo. Desde que entrou no mercado carioca, em janeiro, a GVT tem instalado canteiros em vários bairros para ampliar sua rede de banda larga e telefonia fixa. Até agora, já recebeu 146 notificações e 129 autos de infração pela baixa qualidade na recomposição das vias e por má sinalização dos canteiros.
A concessionária só voltará a receber licenças de obra quando tiver corrigido todos os problemas.
— Tomamos uma atitude dura porque a GVT tem muitas intervenções nas ruas, e os problemas são recorrentes. Eles fazem rasgos nas ruas, demoram a iniciar a recomposição e deixam um resultado ruim. Queremos mostrar às concessionárias que não permitimos a degradação da cidade — disse o secretário Carlos Roberto Osório.
Segundo a secretaria, os bairros mais afetados são Centro, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Catete e Tijuca. Os problemas que mais se repetem são aplicação asfáltica inadequada e recomposição irregular de calçadas.
Neste ano, a prefeitura concedeu 323 licenças de obras para a GVT. Osório determinou a fiscalização das 148 que ainda estão em curso. A rede aérea instalada sem licença terá que ser regularizada pela GVT até amanhã, sob pena de remoção dos cabos dos postes.
O presidente da GVT, Amos Genish, disse que já está trabalhando com a prefeitura do Rio para resolver a questão.
— Já deslocamos dois diretores de Curitiba para trabalhar em conjunto com a prefeitura e corrigir tudo — afirmou, acrescentando que parte dos problemas está relacionada ao trabalho das empreiteiras contratadas.
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