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GVT lança TV paga via satélite e banda larga


Pacotes da operadora de telecomunicações, com vários serviços interativos, começam a ser vendidos em outubro

A GVT anunciou ontem que, a partir do próximo mês, seu serviço de TV por assinatura estreia nas cidades em que já tem operação de telefonia e banda larga. Não existe previsão de estreia na capital de São Paulo. O destaque são os serviços interativos. O serviço combina canais via satélite com conteúdo sob demanda via banda larga, recebidos em um único conversor.

“Em cinco anos, queremos ter uma participação de mercado maior em televisão que em telecomunicações”, disse Amos Genish, presidente da GVT. “Não é um produto de nicho, é uma nova área de negócios. Na primeira fase, vamos oferecê-lo para quem já está na base de clientes. No futuro, vamos sair da base e focar cada vez mais em TV.”

A GVT é controlada pela francesa Vivendi, dona do Canal+ e da Universal Music. Uma das novidades dos pacotes anunciados pela GVT é que todos eles têm canais em alta definição. Os preços vão de R$ 59,90 a R$ 129,90, e o conteúdo inclui os canais da Globosat e da HBO.

Os serviços interativos incluem integração com o Twitter, vídeo sob demanda com mais de 2 mil títulos e um recurso que se chama Outra Chance – quando o espectador perde um programa, pode assisti-lo sob demanda quando quiser.

“Os programas que já passaram ficam disponíveis por um período determinado, que depende da negociação com cada estúdio”, explicou Alcides Troller, vice-presidente da GVT. “O espectador pode vê-lo de graça, quantas vezes quiser.”

Entre as opções oferecidas pela GVT está um gravador digital (PVR, na sigla em inglês) com 500 gigabytes de capacidade. Ele permite gravar 500 horas em definição padrão ou 150 horas em alta definição, com a possibilidade de agendar a gravação por internet ou celular. Com o PVR, o espectador pode dar pause no programa que está assistindo, para depois continuar.

Investimento. A GVT está investindo R$ 650 milhões em sua TV por assinatura, este ano e no próximo. “Acredito que esse investimento será maior, porque 90% do que vamos investir em 2012 são em equipamentos que vão na casa do cliente”, explicou Genish. “Se crescermos acima do projetado, teremos de investir mais.”

O projeto de TV paga da GVT começou há 14 meses. Segundo Genish, faz dois anos que os executivos da companhia tiveram contato com a solução fornecida pela Ericsson, que combina TV via satélite com vídeo via internet. A GVT optou por esse modelo híbrido porque a legislação não permitia que empresa estrangeiras controlassem operações de TV a cabo.


Fonte: O Estado de São Paulo

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