Os cem maiores anunciantes americanos investiram 10,2% a menos em publicidade em 2009, de acordo com o AdAge
21 de Junho de 2010 às 13:47
Primeiro, vamos às boas notícias para o mercado publicitário: 26 anunciantes tops apostaram em seus negócios e incrementaram suas verbas publicitárias mesmo com a queda de 10,2% no investimento total dos cem maiores anunciantes americanos, em 2009. Entre esses com coragem para aumentar seu budget, 70% obtiveram um crescimento em vendas nos Estados Unidos – o dobro quando comparado com aqueles que investiram menos.
E agora, as más notícias: a derrocada dos investimentos dos cem maiores anunciantes americanos em 2009 corresponde à maior queda desde que o AdAge começou a organizar o ranking, em 1956. Os números contemplam as estimativas da Kantar sobre investimentos medidos e as estimativas do AdAge sobre investimentos não medidos (como marketing promocional e marketing direto).
O ranking deste ano dos 100 Maiores Anunciantes entra para a história da economia ligada à publicidade: nos 54 anos em que o estudo foi publicado, está é apenas a quinta vez que os investimentos registraram uma queda. As verbas caíram 2,7% em 2008, 1,3% em 2001, 3,9% em 1991 e 0,4% em 1970 – todos esses anos foram afetados por uma recessão na atividade econômica do país.
Na tradicional divisão do bolo de investimentos publicitários, que totalizou US$ 125,3 bilhões em 2009, a TV aberta (18,9%) ficou na liderança, seguida das revistas (18,8%), dos jornais (16,5%) e da TV por assinatura (15,4%).
De acordo com a análise do AdAge, apenas três meios escaparam do corte de investimentos em mídia praticado em 2009 pelos 100 Maiores Anunciantes: internet (com um crescimento de 34,2%, alcançando um share total de 7,8% ), TV por assinatura (incremento de 3,9%) e inserts de cupons promocionais (alta de 1,1%).
Já entre os setores de anunciantes, apenas quatro delas destocaram do mercado e aumentaram seus investimentos: telecomunicações e serviços de internet (aumento de 1,5%), no qual há uma batalha por market share, alimentos e bebidas não alcoólicas (incremento de 0,5%), áreas historicamente resistentes à recessões, serviços e produtos para animais de estimação (alta de 21,5%), um mercado em plena ascensão, e cigarros e tabaco (aumento de 25,7%), uma categoria relativamente pequena, na qual um pequeno número de campanhas pode alterar os resultados significativamente.
Dentre os 100 Maiores Anunciantes, um entre cada quatro investiu mais, apostando na recessão como uma oportunidade. Ainda que não exista um modo fácil para se provar causas e efeitos, os ganhos em vendas entre aqueles que turbinaram suas verbas deve ajudar a reforçar a ideia de que a investir em publicidade traz resultados. As estatísticas do ranking darão munição para os profissionais que se desdobram para comprovar os retornos de investimentos publicitários para os executivos e os chefes de departamentos financeiros de suas empresas.
Fonte: Meio & Mensagem – Marketing & Negócios
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