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Levantamento reduz previsão de investimentos publicitários para 2022 nos EUA. Rádio segue

A BIA Advisory Services, empresa especializada em previsão de mídia nos Estados Unidos, reduziu suas perspectivas de investimentos com publicidade para 2022. O cenário econômico complicado observado no país norte-americano, que está interligado com um quadro mundial desafiador, obrigou a revisão da previsão feita inicialmente em no final do passado. Porém, não há no horizonte uma estimativa negativa para o rádio: a BIA prevê um avanço de destaque para o investimento em rádio online e uma oscilação positiva para o rádio terrestre (via AM/FM). Acompanhe:

Um início de 2022 bem mais lento nos investimentos publicitários do que era previsto inicialmente, forçou a BIA a revisar os seus dados. “Os ventos contrários de conflitos no exterior, problemas contínuos na cadeia de suprimentos e cortes profundos nos gastos com anúncios automotivos e outras grandes categorias precipitaram a redução”, afirmou a empresa, em comunicado.

Mas isso não significa que não sejam observados fatores positivos na compra de mídia em 2022 e isso envolve o rádio. O setor já vinha divulgando balanços positivos, com grupos chegando a alcançar ou superar os valores observados no período pré-pandemia da covid-19, conforme também relatado pelo tudoradio.com. Segundo a BIA, é esperado um “crescimento significativo” para o rádio online em 2022, que deve saltar 14,5% para US $2,99 bilhões, acima dos US $2,61 bilhões do ano passado.

Já o rádio terrestre, considerando a compra de mídia na transmissão FM, AM e HD Radio (formato digital terrestre norte-americano), o crescimento será mais modesto, porém ele foi mantido mesmo com a previsão da BIA sendo reduzida para o investimento publicitário local, o que afeta diretamente o setor. Esse avanço menor também consiste no fato dos valores serem maiores: atingirá US$ 11,16 bilhões em 2022, um aumento de 3,8% em relação aos US$ 10,75 bilhões registrados em 2021.

O comunicado da BIA indica que o começo de 2022 frustrou as expectativas iniciais, com os dois primeiros trimestres do ano sendo considerados como “extremamente difícies”. Os Estados Unidos vivem um processo de pleno emprego, ou seja, há um crescimento de renda pessoal por parte da população, o que possibilita o consumo de bens e serviços (interesse da publicidade). Mas a inflação local, a maior em décadas, tem puxado o freio de mão nos investimentos de compra de mídia.

“Por um lado, a renda pessoal continua aumentando, mas o custo dos bens de consumo, o aumento dos preços da gasolina e a inflação estão tendo um grande impacto e acreditamos que isso influenciará a forma como os anunciantes escolherão usar seus dólares de publicidade nos próximos meses. Tudo isso deve ser pesado contra o que vemos como positivo para a publicidade local este ano”, destaca a empresa.

Apesar da redução na previsão inicial para anúncios locais, a BIA destaca que há sim um avanço nessa modalidade de compra de mídia, desenvolvendo ainda mais a publicidade feita nas próprias praças. “As pessoas economizaram durante a pandemia e agora estão aproveitando diferentes áreas nas verticais de lazer e recreação (…). Em todas essas áreas, inclusive política, aumentamos as expectativas de publicidade local. Para empresas que dependem diretamente de cadeias de suprimentos, reduzimos as expectativas”, afirma o VP de Previsão e Análise da BIA, Nicole Ovadia.

 

Fatia digital vs. tradicional

O comunicado ainda indica que a previsão atualizada de publicidade local, que abrange 16 mídias e 96 subverticais, segue creditando à mídia tradicional uma pequena vantagem sobre a digital quando o assunto é divisão do total dos investimentos publicitários, com 52,5% dos gastos com anúncios (US$ 87,9 bilhões), em comparação com 47,5% para mídia digital (US$ 79,5 bilhões). 

 

A atualização da previsão reduz ligeiramente a parcela do investimento digital, devido à novas medidas de privacidade envolvendo os smartphones, em especial o Apple iPhone. E também pelo ritmo de investimento ter se apresentado mais lento no início de 2022, em relação à previsão inicial.

 

Fonte: TUDO RÁDIO / AESP

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

COMUNICADO A TODAS AS EMISSORAS DE RÁDIO, TELEVISÃO E PRODUTORAS

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