O Papa Bento XVI recebeu ao meio-dia deste sábado, 30, em Castel Gandolfo, os participantes da XVII Assembleia da União Europeia de Radiodifusão, que se reuniram durante os últimos dias em Roma a convite da Rádio Vaticano, por ocasião do 80º aniversário de sua fundação.
“Na sociedade atual, os valores básicos para o bem da humanidade estão em jogo, e a opinião pública encontra-se muitas vezes desorientada e dividida. É preciso proporcionar cada dia uma informação correta e equilibrada e um debate profundo para encontrar as melhores soluções compartilhadas sobre essas questões em uma sociedade pluralista. Esse é um dever das rádios e televisões. É uma tarefa que requer grande honradez profissional, retidão e respeito, abertura às diferentes perspectivas, clareza no tratamento dos problemas, libertação das barreiras ideológicas e consciência da complexidade dos problemas”, ressaltou.
O Santo Padre ressaltou que, através da rádio, “os pontífices puderam transmitir para além-fronteiras mensagens de grande importância para a humanidade. Pode-se dizer que todo o ensinamento da Igreja nesse setor, a partir dos discursos de Pio XII, passando por todos os documentos do Concílio Vaticano II, até minhas mensagens mais recentes sobre as novas tecnologias digitais, está marcado por uma corrente de otimismo, esperança e simpatia por aqueles que se dedicam neste campo para promover o encontro e o diálogo, para servir à comunidade humana e contribuir ao desenvolvimento pacífico da sociedade”.
O Bispo de Roma recordou que a Igreja Católica busca “dar testemunho de sua adesão à verdade que é Cristo, em um espírito de abertura e diálogo. A religião contribui para ‘purificar’ a razão, ajudando-a a não cair em distorções, como a manipulação ideológica ou a aplicação parcial que não leva em conta plenamente a dignidade da pessoa humana”.
Nessa perspectiva, o Papa convidou os profissionais dos meios de comunicação a buscar formas de promover e fomentar o diálogo entre fé e razão com o objetivo de servir ao bem comum da nação.
Após salientar as dificuldades que devem enfrentar em seus serviços, o Papa sublinhou que não se deve desistir mesmo diante dos grandes desafios do mundo moderno. O Santo Padre concluiu animando para que os “contatos e atividades internacionais estejam a serviço da reflexão e compromisso para garantir que os instrumentos da comunicação social promovam o diálogo, a paz e o desenvolvimento dos povos na solidariedade, superando a separação cultural, as incertezas e os temores”.
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