A FMR Associates e a Eastlan Ratings se preparam para lançar sua Pesquisa Nacional de Audição de Rádio de 2023 completa em breve nos Estados Unidos. Enquanto o relatório completo não é divulgado, as empresas estão fornecendo mais informações sobre como o rádio AM/FM tradicional mantém seu poder e alcance no mercado.
Segundo as informações que já estão disponibilizadas, 69% da audiência total de rádio ocorre nos aparelhos de tradicionais, com o número ligeiramente superior a 71% em mercados mais pequenos. Os grandes mercados relatam 66% de audição através de AM/FM. Isto provavelmente se deve aos passageiros e as opções de transporte público nas cidades maiores.
O streaming de áudio é responsável por 13% da audição nacional, consistente tanto em mercados grandes quanto em mercados menores. O uso de aplicativos de telefone para ouvir rádio é de 10% no geral, mas é um pouco maior nos 30 principais mercados, com 13%.
O inquérito também indicou que 8% dos inquiridos não tinham certeza ou disseram que depende quando questionados sobre o seu método principal para ouvir as suas estações de rádio locais favoritas, com 9% em mercados maiores e 7% em mercados menores refletindo esta incerteza.
Isso corresponde aos resultados que caíram na semana passada, revelando que a audição semanal de AM/FM em 2023 entre adultos de 25 a 64 anos permaneceu estável em relação às taxas de 2022, em 86%. A pesquisa, realizada de março a outubro de 2023, envolveu 1.500 adultos com idades entre 25 e 64 anos. Os resultados completos serão disponibilizados aos clientes Eastlan e FMR em 15 de dezembro.
PNAD do IBGE sugere evolução do rádio para além do receptor tradicional no Brasil
Alguns números recentes sobre o rádio e a internet no Brasil sugerem que o consumo das emissoras já extrapolou de forma considerável a escuta através do chamado ‘receptor tradicional de rádio’, ou seja, o famoso ‘radinho’. De acordo com a PNAD Contínua do IBGE, o número de domicílios com rádio no Brasil era de 56,5%.
Como o FM está embarcado nos mais diversos aparelhos, há um consumo crescente de streaming e a própria PNAD mostra que a internet é usada para consumir rádio, essa percepção de que o rádio segue se adaptando a qualquer novo formato e dispositivo acaba sendo validada por levantamentos como esse do IBGE e, usando dados de consumo das emissoras vindos de pesquisas como Kantar IBOPE Media, o cenário de adaptação do meio fica ainda mais claro.
Em coletiva de imprensa digital em setembro, a Kantar IBOPE Media divulgou uma prévia do estudo “Inside Áudio”, revelando que 80% da população brasileira, nas 13 regiões pesquisadas, sintoniza no rádio e 3h55 é o tempo médio que cada ouvinte passa escutando rádio por dia nessas regiões. Além disso, dos top 100 anunciantes do mercado brasileiro, 99% escolheram o rádio como plataforma de anúncio no primeiro semestre de 2023. O tudoradio.com esteve presente para acompanhar a divulgação. O estudo especial que mapeia o consumo de rádio é divulgado pela Kantar IBOPE Media em comemoração ao Dia do Rádio, comemorado em 25 de setembro. Acompanhe as principais descobertas:
Pesquisas recentes pelo Mundo:
Brasil (anterior) -> Rádio é consumido por 83% da população no Brasil; 58% ouvem em maior ou na mesma quantidade, diz Inside Radio 2022
EUA -> Rádio segue como a mídia de massa de maior alcance nos Estados Unidos
Alemanha -> Rádio mantém popularidade na Alemanha com 93% de alcance; DAB+ e podcasts avançam
França -> Na França, 93% da população ouve rádio todos os meses; o digital está avançando
Reino Unido -> Rajar: 89% da população do Reino Unido ouve rádio semanalmente. Smart speakers avançam
Austrália -> Rádio lidera no consumo de áudio na Austrália; Setor mostra forte capacidade de adaptação e inovação
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Com informações do Radio Ink
Carlos Massaro
fonte: TUDO RÁDIO