A Nielsen divulgou um estudo que mostra a confiança dos planejadores de compra de mídia nos dados oferecidos pelas mais diversas plataformas e meios, inclusive rádio e canais digitais. No geral, esses profissionais de marketing estão priorizando o digital e também apontam que irão ampliar o investimento em áudio, com destaque para o streaming e os podcasts. Apesar de considerarem importantes os dados, os planejadores globais tem uma certa desconfiança em relação aos dados oferecidos. O estudo também aponta que 35% dos entrevistados pretendem aumentar de alguma forma o investimento publicitário em rádio.
O estudo global da Nielsen aponta que, para os próximos 12 meses, 9% dos planejadores de mídia pretendem aumentar seu orçamento para o rádio em 50% ou mais. Já 26% dos profissionais têm a intenção de aumentar esse aporte publicitário no rádio em até 49% do que é feito hoje. Já 39% não pretendem alterar os planejamentos atuais e apenas 6% vislumbram alguma redução no repasse publicitário às rádios. Com isso, o rádio que já vem recuperando receita desde 2021, tende aumentar em 13% o seu faturamento nos próximos 12 meses.
E sobre a confiança nos dados oferecidos por veículos tradicionais e de massa, como rádio e a TV, o estudo revelou que os marketeiros consideram que esses meios possuem “alta eficácia“. 41% deles afirmam que estão muito ou extremamente confiantes na eficácia desses meios, 33% expressando confiança moderada e 17% ligeiramente confiantes.
Sobre o áudio digital, que é apontado como um fator importante de incremento de receita das rádios nos Estados Unidos, conforme já destacado pelo tudoradio.com ao repercutir uma recomendação feita por um analista financeiro de Wall Street, os 11% dos marketeiros ouvidos pela Nielsen afirmaram que pretendem aumentar seu orçamento de áudio em 50% ou mais, 38% planejam um aumento de 0 a 49%, 34% disseram “sem alterações”, 10% projetaram uma redução de 0 a 49% e 4 % procuram reduzir seu orçamento de streaming de áudio em 50% ou mais.
Em resumo, o investimento global em streaming de áudio pode saltar 35% no valor agregado, patamar similar para os podcasts. Detalhe importante: o rádio é o meio de maior consumo entre todas as plataformas que carregam algum tipo de publicidade, inclusive com forte participação em anúncios presentes em streaming através de suas atuações digitais, contemplando também os podcasts. Esse fator também foi levado em consideração em recomendação recente a investidores de Wall Street.
Desconfiança?
Essa mesma pesquisa, chamada de “Era of Alignment”, também apontou que, enquanto 69% dos profissionais de marketing em todo o mundo acreditam que os dados primários são importantes para suas estratégias e campanhas e 72% dos profissionais de marketing acreditam ter acesso a dados de qualidade, apenas 26% dos profissionais de marketing globais estão totalmente confiantes em seus dados de público.
O relatório da Nielsen é de cobertura global e ouviu quase 2.000 profissionais de marketing, realizado de dezembro de 2021 a janeiro de 2022.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
FONTE: Com informações da Nielsen e do portal Inside Radio / AESP