A União Geral dos Trabalhadores – UGT lamenta que em seu último ato, o presidente Lula tenha frustrado as expectativas de trabalhadores e aposentados, ao estabelecer o valor do salário mínimo em R$ 540,00. A UGT entende que esse é um valor inconcebível e que a classe trabalhadora esperava mais de um presidente ex-sindicalista e oriundo da classe trabalhadora, principalmente porque está deixando o governo depois de 8 anos como o mais legítima representante da classe trabalhadora a ocupar o cargo e com índices de aprovação histórico para a democracia mundial.
A UGT e as demais centrais defenderam o salário ideal de R$ 580,00 com a certeza de que esse valor não “quebra” ou “sacrifica” a Previdência Social, lembrando, ainda, que o próprio ministro Luppi, do Trabalho e Emprego havia declarado em várias oportunidades que a receita da Previdência é compatível para um reajuste mais coerente com a realidade atual.
O governo Lula criou linhas de crédito e isenções de impostos para a chamada indústria da “linha branca” e de materiais para construção, além de promover a isenção de IPI para carros, medidas tomadas na época da crise econômica mundial e que contribuíram para que esse “fenômeno” não sacrificasse tanto a economia brasileira. “Naquela época os trabalhadores deram a sua contribuição, milhares chegaram a ser dispensados, na luta contra a crise e por isso entendemos que agora esses trabalhadores deveriam ser melhor recompensados com um reajuste mais digno do salário mínimo”, explicou Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
Estabelecer o mínimo em R$ 540,00 é por o pé no breque do crescimento econômico, é não querer entender que milhões de trabalhadores e aposentados tem no mínimo seu salário teto e um aumento maior no consumo, aumenta a produção e aumenta, conseqüentemente o emprego.