Um levantamento da BIA, empresa especializada em estudos sobre mídia e o meio publicitário, indicou que o rádio terá uma participação importante na composição dos planejamentos publicitários nesta reta final de 2022, referente ao mercado dos Estados Unidos. Considerando o período de festas de fim de ano, que é o momento mais positivo para o varejo, o rádio terá uma participação bem próxima a da TV na partilha do bolo publicitário, com 6,5% do total dos investimentos para esse segmento. Já a TV poderá ficar com 6,8% do montante, este que no total será de US $18,2 bilhões em investimentos publicitários pelos varejistas.
Segundo a BIA, desse total de US $18,2 bilhões que serão gastos pelo varejo nos feriados de final de ano, US $8,7 bilhões serão aportes feitos pelos grandes varejistas (lojas de roupas, de departamento e home centers) e US $9,5 bilhões adicionais por lojas especializadas, como as de eletrônicos, móveis, jóias e artigos esportivos.
“A participação do rádio terrestre (AM/FM) é consistente tanto para as grandes lojas de varejo quanto para as lojas especializadas. A TV é muito mais usada pelas lojas especializadas”, afirma Mark Dugan, diretor de insights de dados e relações com clientes da BI, que explicou as diferenças dos veículos no planejamento dos varejistas dos Estados Unidos.
Outro detalhe importante da previsão realizada pela BIA é o fato do investimento em anúncios digitais para o rádio e para a TV ainda ser relativamente pequeno por parte dos varejistas nesse planejamento de final de ano. Porém, segundo um insight da analista sênior de mídia da BIA, Leyla Chatti, isso não é necessariamente negativo, já que expõe um campo que deverá crescer no futuro. A BIA indica que os ativos digitais de rádio e TV já respondem por mais de US $200 milhões em orçamentos de anúncios de varejo de fim de ano.
Apesar de serem dados referentes aos Estados Unidos, essa dinâmica de vendas do varejo relacionada ao final de ano é similar no Brasil. Em conversas com executivos de rádios com o tudoradio.com, várias praças já notaram um volume comercial maior do que em anos anteriores e há a expectativa que isso siga até a segunda quinzena de dezembro, tendo em vista uma maior movimentação dos consumidores neste ano na comparação com os anteriores.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
fonte: TUDO RÁDIO