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Rede de fibra ótica deverá custar R$ 100 bilhões em 10 anos

Ministro das Comunicações diz que proposta ainda precisa se “refinada”

BRASÍLIA – O governo elabora um plano para instalação de fibra ótica em todo o país, que permitirá uma banda larga de altíssima velocidade. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que serão necessários investimentos de R$ 100 bilhões, em dez anos. Segundo ele, os recursos poderiam ser financiados pelo BNDES. No entanto, o ministro explicou que o plano ainda precisa ser “refinado”, porque será necessário levar a fibra ótica para todo país, 50 milhões de domicílios urbanos e 10 milhões na área rural, a uma velocidade de 40 a 100 megabites por segundo.

Paulo Bernado afirmou que a presidente Dilma Rousseff tem cobrado uma ação rápida e acelerada, e que “ela não se conforma com estado da nossa infraestrutura de telecomunicações”. Segundo ele, Dilma tem dito que é preciso tratar a infraestrutura de telecomunicações da mesma forma que as rodovias e os portos, porque é uma infraestrutura essencial para o desenvolvimento do país.

– A verdade é a seguinte, se continuar no ritmo que estamos vamos ter uma intensificação da concorrência, uma infraestrutura cada vez melhor, condizente com as necessidades do país nas regiões metropolitanas, especialmente nas partes mais ricas. E as periferias, e o interior do país vão continuar carentes – disse ele.

Para Paulo Bernardo, a desigualdade da infraestrutura e do atendimento no país não vai ser resolvida se não tiver “o mínimo de participação do governo”, com a Telebrás e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Ele acredita que pode ser feito um financiamento para as empresas também participarem. Os investimentos em backbone (nas grandes linhas), segundo o estudo preliminar da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Ministério das Comunicações, chegam a R$ 25 bilhões. E para fazer a conexão com a quadra ou a casa do usuário seriam necessários mais R$ 80 bilhões.

O ministro não descarta a possibilidade de trocar os bens reversíveis das concessionárias – Oi, Vivo (Telefonica), Sercomtel, CTBC e Embratel – por investimentos nas redes de fibra ótica. Mas ele disse que não levou esta proposta a presidente Dilma. Os bens reversíveis são aqueles que estão com as empresas – com prédios, cabos e equipamentos – mas que terão que ser devolvidos quando terminar o prazo da concessão em 2025.

– Não discutimos com ela (presidente). Está sendo discutido no governo – admitiu.

Paulo Bernardo, que participou na manhã desta quarta-feira de solenidade no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de ampliação na capacidade da internet de instituições de ensino e pesquisa de São Paulo operada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Fonte:O Globo on line -Digital & Mídia

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

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