Rio – Os fãs de sucessos do cinema 3D, como o recordista de bilheteria “Avatar”, já podem se preparar para receber a tecnologia no sofá de casa. Os preços dos aparelhos com a funcionalidade ainda são altos — a partir de R$ 5 mil — mas a tendência é que, com a popularização das telas de LCD (display de cristal líquido), os valores baixem. Projeções de especialistas indicam que até o fim de 2011, todas as TVs devem chegar ao mercado já com Full 3D.
“Cada vez que o mercado dobra, estimamos uma queda de 20 a 25% no preço. Só nos primeiros 6 meses de 2010, foram 15 milhões de TVs LCD vendidas. Até 2014, outras 80 milhões devem ter sido comercializadas. Isso significa que o preço vai cair para menos da metade até lá. A Copa e as Olimpíadas de 2016 serão determinantes para baixar custos”, prevê Marcelo Zuffo, coordenador do Laboratório de Sistemas Integráveis da Poli/USP.
O especialista explica ainda que o 3D encontra espaço para se expandir principalmente devido à qualidade encontrada nas telas de LED LCD, consideradas ideais para esse tipo de imagem. O diferencial em relação às telas de cristal líquido comuns é a fonte de iluminação. O LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz) proporciona maior intensidade luminosa e mais brilho e tem maior durabilidade — 25 mil horas contra 5 a 10 mil horas das lâmpadas incandescentes.
Além de reduzir custos de produção, os avanços no desenvolvimento das telas de cristal líquido tem acelerado o tempo de resposta dos displays — o período de mudança entre uma imagem e outra ficou muito menor, dando mais rapidez às imagens e evitando o efeito fantasma. A era 3D tem na tecnologia IPS um grande aliado. Trata-se de um painel de LCD avançado, já usado no iPad e no iTouch. O ângulo de visão da tela é ampliado e as cores ficam inalteradas mesmo lateralmente. As imagens são mais nítidas e brilhantes.
Óculos serão dispensados
A grande diferença entre o filme 2D e o 3D é a captura de imagens. A imagem formada pelos nossos olhos tem profundidade porque é composta pelas perspectivas do olho esquerdo e do olho direito. Assim, as câmeras que filmam em 3D precisam ter duas lentes para capturar duas imagens diferentes que, sincronizadas, induzem o cérebro a perceber profundidade.
No entanto, o sistema ocular humano é incapaz de processar completamente as duas imagens projetadas na tela ao mesmo tempo. É aí que entram os óculos 3D: os mais modernos estão sincronizados com a TV para mostrar em cada olho somente a imagem que lhe corresponde. No entanto, a necessidade de usar óculos 3D para assistir TV não deve durar muito. Até 2014 serão comuns as TVs Full 3D que dispensem o uso do acessório. A tecnologia vai chegar a um avanço tão grande que a própria televisão vai sincronizar as duas imagens.
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