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Tráfego de dados chega a 1,2 milhão no estádio

Antes mesmo de a bola rolar em campo, tudo o que acontece ao redor do estádio tem que ser mostrado e compartilhado. A torcida, as fantasias, os amigos, os turistas, as cores da bandeira são fotografados e as imagens vão imediatamente para redes sociais. Os relatos pelo telefone também são uma forma de dividir a emoção de quem está assistindo a uma partida ao vivo. Um levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel de Celular (Sinditelebrasil) mostrou que os torcedores de Brasília que foram ao estádio se destacaram entre os mais conectados do país. Durante o jogo entre a Colômbia e a Costa do Marfim, na última quinta-feira, foram realizadas 1,2 milhão de comunicações de dados, o equivalente ao envio de mais de 1 milhão de fotos. Além disso, foram completadas 107 mil ligações dentro da arena.

Os números do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha superaram os registrados na abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, e só ficaram atrás do tráfego de dados durante a partida entre Argentina e Bósnia, no Maracanã, no último dia 15. A expectativa é de que o jogo de ontem, entre Camarões e Brasil, também em Brasília, registre um novo recorde. Mas o balanço sobre o tráfego de dados durante o jogo da Seleção só será consolidado hoje à tarde. Quem foi ontem ao Mané Garrincha reclamou, especialmente do funcionamento do wifi.

Do total de comunicações de dados efetivadas a partir do Mané Garrincha na partida da última quinta-feira, 522 mil foram pelas redes de 3G, 197 mil pelo 4G e 463 mil por meio do sistema de wifi. Esse tráfego representa um aumento de 15% com relação ao registrado ao longo do primeiro jogo da Copa do Mundo na capital federal, o duelo entre Suíça e Equador, em 15 de junho.

O estádio foi equipado com 401 antenas de telefonia móvel e 213 antenas de wifi. São 17km de cabos de fibra ótica, além de 10 antenas externas. A capacidade é para 352 mil chamadas de voz em uma hora, além de 43 mil conexões simultâneas de dados.

O presidente executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, se surpreendeu com o balanço e diz que o tráfego de dados foi maior do que o esperado pelo setor. “Foram realizados investimentos de R$ 226 milhões nos 12 estádios, somente na rede celular. E mais R$ 12 milhões foram destinados à rede wifi”, explica Levy.

Volume

Apesar do temor de que houvesse um “caladão” nos estádios, com uma sobrecarga nas redes durante os jogos, os torcedores têm conseguido usar a rede de dados, apesar de queixas de instabilidade em alguns estádios. Os técnicos das operadoras continuam realizando ajustes na rede a cada partida, para sanar eventuais problemas. A maior parte da estrutura construída pelas operadoras funciona dentro dos estádios e, portanto, em caso de filas longas, há maior probabilidade de instabilidade.

A expectativa era de que o maior volume de tráfego de dados ocorresse durante o jogo de abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, já que os torcedores chegaram cedo para a cerimônia de abertura. Mas como o estádio de São Paulo não tem cobertura wifi, as partidas de Brasília registraram maior número de comunicações. O Estádio Nacional de Brasília é um dos que contam com o sistema.

O presidente executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, conta que o sindicato fará, ao fim da Copa do Mundo, uma comparação com o tráfego de dados durante o Super Bowl — o jogo que define o campeão da NFL, a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos. O recorde de comunicações durante a Copa do Mundo deve ocorrer no jogo da final, no Maracanã. “Estamos imaginando que vamos chegar perto do tráfego de dados do Super Bowl na final do Mundial, mas provavelmente ainda não vamos alcançar porque não temos tantos smartphones como lá”, justificou.

Levy afirma que, em termos de infraestrutura, a rede montada para a Copa do Mundo é semelhante à das Olimpíadas de Londres. “Nosso projeto vai servir de exemplo para a próxima Copa do Mundo. Temos recebido pedidos de empresas internacionais para oferecermos subsídio para os próximos eventos”, acrescenta o presidente executivo do Sinditelebrasil.

Fonte:Correio Braziliense -Cidades

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