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TV brasileira perde um de seus pioneiros


Jornal do Commércio – Recife – Caderno C

EMPRESÁRIO
Publicado em 16.09.2010

Paulo Machado Carvalho Filho dirigiu a Record por quatro décadas e foi personagem importante na época dos grandes festivais musicais

Foi enterrado ontem, em São Paulo, o corpo de Paulo Machado de Carvalho Filho, 86 anos, que morreu anteontem, às 10h, vítima de um tumor maligno de próstata. O empresário, que estava internado desde o último dia 31, foi diretor da Rádio e TV Record de 1962 aos anos 90, quando foi responsável pela contratação de artistas, implantação de programas e planejamento da grade. Carvalho Filho estava à frente da emissora quando foram ao ar programas como Família trapo, Jovem guarda e O fino da bossa e os Festivais Musicais da Record.

O empresário foi o primogênito de Paulo Machado Carvalho – que fundou a TV Record em 1953, foi criador da Rede de Emissoras Unidas de Rádio e Televisão e dá nome ao estádio do Pacaembu, em São Paulo. Acompanhou o pai nos principais lances de desenvolvimento da Record, uma das precursoras da TV brasileira, teve intensa participação nos festivais de música da emissora, em seu auge, e foi responsável pelo lançamento de importantes estrelas da MPB.

A Record de Paulinho Machado de Carvalho vai comemorar 60 anos amanhã, mas ele já não trabalhava lá. Sua família vendeu a emissora em 1990 para o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.

A biografia de Paulinho se confunde com a história da Record. Ele começou a trabalhar nas organizações quando ainda tinha 16 anos, por influência do pai, e dirigiu a TV até a década de 1990. Foi também o primeiro presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão Brasileira (Abert).

No filme Uma noite em 67, de Ricardo Calil e Renato Terra, lançado recentemente nos cinemas e ainda em cartaz em salas cidades do País, o empresário conta suas experiências nos festivais da Record. “É importante ressaltar que ele fez algo hoje inimaginável: abriu o horário nobre da TV aberta de maior sucesso aos musicais”, diz Calil. “Ele deu à TV Record uma audiência massacrante que ninguém batia”, lembra o jornalista e crítico Zuza Homem de Mello.

Artistas como Louis Armstrong, Nat King Cole, Marlene Dietrich e Sammy Davis Jr. vieram ao Brasil a convite dele.

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