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TV Digital: Fábrica de US$ 3 milhões da Linear é contrapartida no Uruguai


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:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 10/03/2010

Há sinais de que o Uruguai está disposto a abandonar o padrão europeu de TV Digital (DVB) e adotar o sistema nipo-brasileiro (ISDB-T). Além das tratativas com o governo brasileiro, o movimento mais eloquente nesse sentido é a instalação da uma fábrica de equipamentos da Linear, que pretende usar o país vizinho como base de exportação.

Depois da visita do ministro das Comunicações, Hélio Costa, que esteve no Uruguai no fim de fevereiro para discutir justamente o padrão ISDB-T, jornais uruguaios e o espanhol El País chegaram a divulgar que o Brasil oferecera US$ 40 milhões para que o vizinho adotasse o padrão nipo-brasileiro.

De fato, a conversa tratou também de dinheiro, mas isso se deu no mesmo formato do que foi oferecido a outros parceiros sulamericanos – o BNDES poderá financiar a compra de equipamentos, caso em que os recursos chegariam a R$ 50 milhões, ou mesmo a formação de joint-ventures entre uruguaios e brasileiros para a instalação de fábricas no Uruguai, possibilidade em que o financiamento do banco de fomento seria ainda maior.

No contexto dessas tratativas, a brasileira Linear já colocou o pé no país vizinho. A empresa está procurando o local para instalar uma nova fábrica de equipamentos para TV Digital, num investimento que chegará a US$ 3 milhões, e que deve começar a produzir ainda este ano. “Na verdade, nós começamos essa discussão sobre mudança do padrão no Uruguai e a instalação da nossa fábrica faz parte dessa negociação”, revela o presidente da Linear, Carlos Alberto Fructuoso.

No governo brasileiro, a percepção é de que a eleição de José Mujica, que assumiu a presidência do Uruguai em 1º de março, vai ajudar nesse processo de substituição do padrão europeu pelo ISDB-T. Embora evitem dar declarações para não parecer que há pressão sobre o vizinho, autoridades brasileiras avaliam que há intenção do novo governo uruguaio em rever decisões tomadas anteriormente.

Segundo o presidente da Linear, há ainda um outro fator importante que pesa na decisão dos uruguaios. “Quando eles tomaram a decisão, a situação era uma. Agora, é outra, com todos os vizinhos tendo adotado o ISDB. Mas o mais importante é que nenhuma das promessas feitas pelo DVB se confirmou”, diz Fructuoso.

Em especial, os uruguaios ressentem-se de que as promessas de financiamento acordadas em 2007 não saíram do papel, como projetos de software e da própria implementação da TV Digital.

 

Fonte: Convergência Digital – Notícias

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