Os que acompanham o caso do mensalão pela TV Justiça têm se deparado, nos intervalos do julgamento, com programetes que exaltam biografia de ministros e que também tratam de temas como o projeto “bicho livre”.
No anúncio, os telespectadores são informados que, até agora, foram soltos do cativeiro 300 papagaios, 50 araras e 120 jaburus.
Com a vinheta “Relíquias”, também tem sido exibida reportagem que revela que o ministro Gilmar Mendes, em visita à Rússia, ganhou uma miniatura da Constituição do país, para ser lida com lupa.
Na terça-feira, o bloco do intervalo finalizou com uma biografia do ministro Joaquim Barbosa, em que aparece a Torre Eiffel ao fundo e são exaltadas as três pós-graduações dele em Sorbonne.
Instalada no subsolo do edifício-sede do STF e com orçamento anual de R$ 16,5 milhões -equivalente ao gasto da produção de 40 capítulos da novela “Avenida Brasil”-, a TV Justiça tem nos julgamentos do STF e do TSE carros-chefes da programação.
A transmissão do mensalão, exclusividade da emissora, tem sido interrompida à tarde por um intervalo de cerca de 40 minutos para o lanche dos ministros.
Os dados de audiência não são medidos. A única ferramenta disponível é a procura dos vídeos na página do STF no YouTube. O primeiro bate-boca do mensalão, entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, atingiu 9.000 visualizações.
Até aqui o campeão é a plenária que julgou a união estável em relações homoafetivas, com um pico de 12,4 mil visualizações.
Fonte:Folha de São Paulo -Poder