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Rádio AM não deixará de existir, diz associação do setor

A autorização por parte do governo para que as emissoras de rádio AM possam migrar para o FM não vai acabar com as transmissões em AM no Brasil. Segundo a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a mudança é opcional e por envolver custos estimados em R$ 100 milhões deve acontecer somente em localidades onde a interferência no AM é muito grande.


A presidente Dilma Rousseff assinou na quinta-feira um decreto que permite a migração das emissoras de rádio AM para a faixa FM. Com a ação, ela atendeu a uma demanda do setor, encaminhada pela Abert, que reclamava dos níveis de interferências.


Para a associação, em localidades onde ainda há possibilidade de transmitir em AM com qualidade as emissoras seguirão operando nesta modulação. Estas emissoras poderão também solicitar ampliação da faixa de frequência. A estimativa da Abert é que 90% das 1.784 emissoras de rádio AM passem a operar agora em FM.


Embora a medida passe a valer a partir de 1º de janeiro de 2014, em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte a mudança deve acontecer somente em 2015. Isto porque nestas localidades quase não há mais espaço na faixa FM. A solução virá a partir do fim da TV analógica com as emissoras FM podendo ocupar os canais 5 e 6 VHF que serão desativados.


De acordo com o setor, a mudança de AM para FM permitirá maior qualidade na resolução de som e possibilidade de sintonia em aparelhos celulares. “Somente transmitindo na faixa de FM que seremos sintonizados pelos mais de 160 milhões de aparelhos de celulares que têm rádio, sem custo algum para o usuário. Esta é a importância desta medida”, afirmou o presidente da Abert, Daniel Slaviero.


Fonte: Jornal do Brasil -País


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