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Ação da Anatel não muda cenário para o alto custo da interconexão fixo-móvel


De acordo com projeções do banco de investimentos Barclays, a proposta da Anatel de redução no Valor de Comunicação, com intuito de diminuir o custo da tarifa de interconexão (VU-M), vai afetar o mercado de forma distinta. Para o banco, enquanto a Vivo seria a operadora mais atingida pela medida, a mudança trataria bons resultados para a Nextel, a GVT e a NET.

Ainda assim, nas contas do Barclays,o efeito será relativamente pequeno. Isso porque segundo o banco, a redução da VU-M deve implicar numa queda de 3% no Ebitda da maior operadora móvel do país, enquanto seria, por exemplo, de 1% na TIM.

O banco lembra, porém, que a tarifa de inteconexão no Brasil, de aproximadamente R$ 0,43 por minuto, é uma das mais altas do mundo – se não a mais alta. Na verdade, o valor médio global dessa tarifa está abaixo de US$ 0,03 (R$ 0,05).

“Dado que existe uma alta carga tributária e fortes regras de cobertura e qualidade no Brasil, é de se esperar que o país possua tarifas de interconexão acima da média, mas com valores 10 vezes superiores aos demais, imaginamos que a aplicação de um modelo de custos leve a uma redução significativa da tarifa de interconexão”, diz o Barclays.

Pela proposta que será colocada em consulta pública pela Anatel, haverá redução de 10% no VC nos dois primeiros anos de implantação da medida – cujo objetivo é reduzir a VU-M de forma indireta, uma vez que essa tarifa é de livre negociação entre as empresas. A partir do segundo ano, a ideia da Anatel é se valer do modelo de custos para novas reduções de tarifa.

Ainda segundo o Barclays, para as teles fixas a redução no VC e na VU-M implicará numa queda imediata tanto em gastos como em custos, mas o banco acredita que com menores tarifas de interconexão, será acelerado o processo de substituição de telefones fixos por móveis – portanto, com impacto negativo para as concessionárias no longo prazo.

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