Patrícia Kogut – Página 6
CONTROLE REMOTO
Nesta época em que se faz aquele balanção do ano, é inevitável pensar como mudou a maneira de se ver televisão. Quem assina um serviço digital, por exemplo, como é meu caso, não se preocupa mais com gravações complicadas. E se o jantar for para a mesa na hora agá do “quem matou Odete Roitman” de algum seriado policial, basta pausar, comer com calma, e voltar ao ponto. Isso, no cotidiano, deixou de ser um acontecimento eventual para se incorporar à rotina de muita gente.
Ninguém é mais dependente de horários pré-determinados.
É mudança de verdade. Há outras.
Uma pesquisa recente da Nielsen nos Estados Unidos revelou que mais de 90% dos espectadores ainda assistem à televisão da maneira clássica, ou seja, pelo televisor. Inclusive os jovens, que todo mundo apostaria, estavam só na internet. Mas o simples fato de existir este estudo indica uma expectativa para um futuro breve.
Quem convive com adolescentes cansa de constatar que o hábito de acompanhar programas pelo computador está mais difundido.
Por isso, as emissoras vêm investindo cada vez mais em programação multiplataforma. Os números se potencializam, ou seja, a audiência de um reflete — e alimenta — os números do outro. Um exemplo simples: à medida em que uma novela começa a interessar mais o público, a busca por temas relacionados a ela cresce também. Vídeos inclusive.
Difícil saber onde começa uma coisa e termina a outra. Certo é que a internet e a televisão têm tido uma convivência mais colaborativa do que já se imaginou que fosse possível no passado.
Pensando no ano novo, fico imaginando como estará a tecnologia em dezembro de 2010. Tomara que o público se torne cada vez mais participativo, e que novos e paralelos universos se formem e tragam boas notícias para a coluna de TV.
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