O Brasil é o 8º país mais perigoso para jornalistas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). A entidade internacional documenta todas as mortes de profissionais da imprensa relacionadas ao trabalho desde 1992.
A partir das informações do CPJ, o portal americano de notícias Global Post criou um infográfico em que mostra os países mais perigosos para o exercício do jornalismo com base no número de casos registrados na última década.
O ranking é encabeçado pelo Iraque, com 151 mortes, seguido de Síria (67), Filipinas (59), Paquistão (47), Somália (42), México (22) e Rússia (17). Em oitavo lugar, está o Brasil, com 16 mortes. “É um número muito preocupante”, avalia a comentarista de atualidades Joana Calmon.
infográfico mostra também que 61% dos assassinatos foram realizados em represália a reportagens ou investigações, 23% em troca de tiros e 16% em missão perigosa.
O número de jornalistas mortos nos últimos dez anos chega a 619, segundo o CPJ. Ao ser executado na semana passada pelo Estado Islâmico, o jornalista americano James Foley se tornou o 32° jornalista morto neste ano.
“A morte do James Foley levantou um debate, causou muita polêmica, por essa questão dos riscos que os jornalistas freelancers correm ao viajar o mundo, cobrindo guerras, zonas de conflito. Mas o que é interessante ver nesses dados é que 90% das mortes são de jornalistas locais e apenas 10% são estrangeiros em viagem; 79% são jornalistas contratados por um veículo qualquer e 21% são freelancers. Então, realmente, é perigoso para todo mundo”, comenta Joana Calmon.