Representantes e diretores de diversas emissoras de rádio participaram nesta terça-feira, 26, em São Paulo, de acalorado debate sobre o mercado do rádio.
O encontro, organizado pela Associação das Emissoras do Estado de São Paulo, foi realizado no 1º Fórum SET/Aesp de Comunicação, que ocorre em paralelo à programação do SET Expo 2014, congresso e feira organizados pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão.
Para os debatedores, com o avanço de novos players no mercado, é urgente a necessidade de o rádio mostrar o seu potencial a agências de publicidade, anunciantes e aos próprios profissionais do meio.
De acordo com o diretor da rádio CBN, Bruno Tyscheller, a definição de novas métricas para medição de audiência é uma importante iniciativa para o rádio alcançar esse objetivo. “Somos consumidos no carro, via celular e internet, mas vendemos apenas um tipo de anúncio. A audiência online hoje é importantíssima.”, declarou.
Sobre novas oportunidades de negócios, Tyscheller afirmou que, para não ficar “à mercê” dos formatos convencionais de agências, o próprio rádio pode desenvolver modelos para atrair ouvintes e clientes. “Estamos trabalhando no piloto automático, sendo que nós temos diferenciais. Podemos aliar conteúdo à criação”, opinou.
Os novos hábitos de consumo de mídia, além do desconhecimento dos profissionais sobre o rádio foram outros desafios apontados pelos debatedores.
“Os jovens que saem das faculdades não conhecem o rádio. É necessário que os profissionais do meio levem o rádio às faculdades. ”, declarou o diretor da Transamérica, Newton Geigher.
Na opinião do diretor da rádio Estadão, Acácio Costa, as grandes agências e os próprios executivos das rádios não sabem como vender o meio, sendo que são os veículos tradicionais de comunicação que consolidam as marcas. “A propaganda digital não tira produto da prateleira. É necessário um movimento para melhorar e qualificar a informação que estamos disponibilizando ao mercado”, declarou.
“A mídia não sabe comprar rádio. A área criativa não sabe criar rádio. Precisamos nos unir e nos representar melhor”, ressaltou Costa.
Para o diretor da Jovem Pan, Paulo Machado de Carvalho Neto, mesmo depois da Copa do Mundo no Brasil, o setor de varejo oferece excelentes oportunidades, e o rádio deve tirar proveito desse mercado fundamentalmente com a criatividade nas vendas.
Confira mais participações sobre o mercado de rádio no 1º Fórum SET/Aesp de Comunicação:
“O rádio já se repaginou em outros episódios, e agora precisa se recriar novamente. Precisamos criar oportunidades diferenciadas” Newton Geigher, diretor da Transamérica
“Precisamos melhorar a auto-estima do Rádio. O Rádio é tão importante que empresas somem, mas a marca sonora delas permanece na memória das pessoas” Carmem Azulai, presidente da Acert (Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão)
“Grandes rádios terão relevância em qualquer plataforma porque somos produtores de conteúdo multiplataforma. Temos que qualificar a nossa mão de obra, saber abordar o cliente, desenvolver um discurso adequado e disponibilizar informação” Acácio Costa, diretor da Estadão
“O rádio cada vez mais será ao vivo e, por isso a importância da figura do comunicador, que é um dos nossos diferenciais. A rádio pode garimpar localmente pessoas representativas de suas comunidades” Bruno Tyscheller, diretor da CBN
Assessoria de Comunicação da Abert