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Código de ética para jornalistas e conselho profissional são defendidos em evento no SJSP


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) realizou, na última quarta-feira (15), o seminário “A Liberdade de Imprensa e a Ética na Comunicação”, com o objetivo de debater a qualidade da cobertura dos meios de comunicação, os deveres do jornalista na apuração e suas responsabilidades com o uso das fontes.

O evento teve iniciativa da Comissão de Ética do Sindicato e participação de representantes da Organização dos Advogados do Brasil, Ouvidoria da Polícia do Estado, Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura (ACAT), além do presidente da entidade, José Augusto Camargo.

Na abertura do encontro, Guto Camargo destacou o papel central da ética no trabalho do jornalista e suas conseqüências para a sociedade. “Qualquer falta de ética no jornalismo é um deslize público”. Também observou a relevância e as atividades da Comissão de Ética frente aos profissionais, “apenas uma referência, muito demandada, mas não temos poder de penalizar”, ponderou.

Segundo Denise Fon, integrante da Comissão, o órgão tem recebido muitas denúncias contra jornalistas, “principalmente nesta época de eleição”, e questionou a existência da liberdade de empresa, com publicações e notícias submetidas a interesses de grupos privados.

O poder das empresas de comunicação foi o tema mais debatido junto à plateia, de cerca de trinta pessoas, entre jornalistas e advogados, além da discussão de casos como as acusações de pedofilia na Escola de Base, em São Paulo, e na cidade de Catanduva (SP), e do crime no Bar Bodega, também na capital paulista, considerados exemplos de má apuração da imprensa.

Guto defendeu a criação de um Código de Ética sancionado pelo Estado e “feito em acordo com a sociedade” sobre a categoria e de um Conselho, hoje inexistente, para sua aplicação. Segundo ele, “instaurar poderes reguladores de ética podem acabar com interesses dos meios de comunicação”.

Na avaliação do presidente, a cobertura da eleições pelos grandes veículos mostram interesses políticos “diluídos, sem posição clara ao leitor” e não deve transformar-se em um espetáculo sensacionalista, com “denúncia pela denúncia”, afirma.

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

COMUNICADO A TODAS AS EMISSORAS DE RÁDIO, TELEVISÃO E PRODUTORAS

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