Pesquisa nos EUA mostra que geração abaixo de 35 anos assiste aos mesmos programas, mas em PCs e smartphones
NOVA YORK. Cada vez mais usuários assistem a vídeos e filmes fora da televisão.
É o que revelou uma pesquisa da Nielsen, segundo o “New York Times”. De acordo com o estudo, feito com consumidores americanos, a TV ainda é o passatempo número um do país. As pessoas passam, diariamente, uma média de quatro horas e meia diante dela.
Entretanto, os consumidores mais jovens fogem ao padrão.
Na faixa etária entre 12 e 34 anos, eles passam cada vez menos tempo diante do televisor, enquanto quem tem 35 anos ou mais ainda prefere a TV a outras mídias.
O padrão de comportamento vigente na nova geração revela o impacto de vídeos na internet, em redes sociais, celulares e mesmo em consoles de videogames, entre as muitas alternativas à televisão. Os jovens ainda veem as mesmas séries que passam na TV, mas preferem fazê- lo via streaming na internet, ao contrário de seus pais e avôs.
Analistas têm previsto há tempos que as novas mídias passariam a competir com a televisão pela audiência, mas, segundo o “NYT”, esta é a primeira evidência do fenômeno a surgir numa pesquisa. Se a tendência persistir, diz o jornal, as implicações a longo prazo para a indústria da mídia podem ser grandes, provavelmente levando anúncios para outros aparelhos e formatos.
A própria indústria televisiva vem aguardando (e temendo) esse momento em que, após um pico de audiência, os telespectadores se voltem para a internet e o smartphone para ver seus vídeos. O estudo da Nielsen diz que a preferência pela televisão continua constante, até porque os telespectadores mais velhos, acima dos 65 anos, veem muita TV. Também ajuda a indústria a possibilidade crescente de gravar programas da TV com os DVRs (digital video recorders).
Por outro lado, por três trimestres seguidos, houve queda na audiência televisiva na geração de menos de 35 anos, mesmo contando os shows vistos nos DVRs. Os telespectadores adultos entre 25 e 34 anos viram quatro horas e meia a menos de TV no terceiro trimestre do ano passado do que no mesmo período em 2010. E os telespectadores na faixa entre 12 e17 anos seguiram a tendência.
Zach Dulli, diretor de operações do Conselho Nacional de Educação Geográfica, em Washington, conta que seus filhos, Max e Huck, gostam de ver TV, mas preferem laptops e smartphones. E Huck já aprendeu a fazer o “swipe”, movimento dos dedos para passar telas no iPad. Um detalhe: Huck só tem oito meses de idade.
Fonte:O Globo – Digital & Mídia