São Paulo – Audiência do rádio permanece estável e impulsiona impacto publicitário, reforçando seu papel estratégico no alcance de consumidores em diferentes cenários de mídia
Apesar das percepções possivelmente equivocadas de queda de relevância, o rádio segue firme como uma das mídias mais eficazes em alcance, engajamento e resultado comercial. Essa é a avaliação de Todd Kalman, executivo da Marketron, publicada no blog “Radio Matters”, da RAB (Radio Advertising Bureau). Em sua análise, Kalman reforça que o rádio mantém sua posição de liderança entre os meios com suporte publicitário, com destaque para a audiência registrada no ambiente automotivo, a recente mudança na medição do PPM (Portable People Meter) da Nielsen e o impacto direto no aumento da audiência e do retorno sobre investimento (ROI). Dados da Edison Research e da Westwood One reforçam a relevância do meio para anunciantes que buscam alcance efetivo e resultados financeiros expressivos.
Kalman destaca que, mesmo diante de mudanças no cenário de mídia, o valor publicitário do rádio segue intacto — e até ampliado — por conta de sua liderança em alcance. Ele cita o estudo Share of Ear, da Edison Research, que indica que, no primeiro trimestre deste ano, 66% do tempo de escuta entre adultos em plataformas com suporte publicitário foi dedicado ao rádio. No carro, esse índice chega próximo aos 90%.
“O domínio do rádio permanece inalterado”, afirma Kalman. Ele alerta, no entanto, que muitos anunciantes acabam supervalorizando plataformas como Spotify, Pandora e rádio via satélite por assinatura, esta última existente na América do Norte. Juntas, essas opções representam apenas 15% do tempo de escuta.
O executivo também aponta os impactos positivos da recente atualização no sistema PPM da Nielsen, com o uso do critério “3-Minute Qualifier” na medição de audiência. Segundo ele, essa mudança gerou crescimento no número de ouvintes, especialmente nos horários de pico e aos finais de semana. Entre os ouvintes de 25 a 54 anos, houve elevação em todos os períodos do dia.
“Esses dados significam mais audiência e mais impressões, o que torna o rádio ainda mais atrativo para campanhas publicitárias”, explica Kalman. Ele ainda defende a ampliação do número de inserções para maximizar o alcance e conectar marcas a audiências de todas as idades. “Embora os dados venham de mercados com medição, os efeitos se aplicam também a regiões com diário e não mensuradas, indicando que o consumo de rádio é mais frequente do que se imagina”, pontua.
O artigo também reforça a eficácia do rádio na geração de retorno financeiro para os anunciantes. Com base em levantamento da Westwood One, Kalman afirma que marcas que investem em rádio observam: crescimento de 13% na disponibilidade mental (chance de serem lembradas no momento da compra), aumento de 28% na participação de mercado, elevação de 17% no poder de precificação, lucros 42% maiores e retorno 23% superior sobre o investimento publicitário.
Além dos números, Kalman lembra que o rádio se destaca por sua credibilidade, proximidade com o público e papel ativo nas comunidades. “Em resumo, jamais descarte o rádio como ferramenta eficaz e constante para alcançar os consumidores locais”, conclui. “O valor da publicidade no rádio permanece inalterado — e há dados suficientes para sustentar essa defesa todos os dias.”
Estudos recentes reforçam a importância do alcance do rádio no retorno de investimento publicitário
Uma série de levantamentos analisados pelo tudoradio.com tem reforçado a relevância estratégica do rádio no atual cenário de mídia, especialmente quando o assunto é retorno sobre investimentos (ROI) em campanhas publicitárias. Em maio, uma análise publicada sob o título “Análise mostra que investimentos baixos no rádio geram resultados fracos no mix de mídia” destacou que campanhas com investimentos modestos no rádio tendem a apresentar desempenho inferior. O estudo revelou que o rádio amplia o alcance de forma eficiente e sua exclusão impacta diretamente os resultados.
Em junho, a publicação “Estudo aponta que rádio preenche lacuna deixada por TV e internet em alcance publicitário” mostrou como o rádio se tornou essencial para marcas que buscam atingir audiências mais amplas, preenchendo uma lacuna de cobertura em campanhas de comunicação.
Outra análise,”Com IA e novas métricas, áudio se posiciona como mídia mensurável e estratégica”, destacou a digitalização do rádio e o uso de ferramentas que o tornam mais alinhado ao marketing de performance, reforçando sua relevância atual.
Em abril, o estudo “Com alta nos custos e concorrência global, rádio reforça posição estratégica no marketing automotivo” mostrou como o setor automotivo tem utilizado o rádio como solução eficaz frente à inflação nas mídias digitais, destacando sua cobertura regional e relação custo-benefício.
Já o levantamento “Rádio AM/FM amplia alcance e reforça memórias de marca em campanhas, apontam estudos” destacou a eficácia do rádio na construção de lembrança e associações de marca, contribuindo diretamente em campanhas de awareness.
E, mais recentemente, “Integração entre áudio e imagem amplia resultados de campanhas em rádio, streaming e plataformas digitais” debateu como a combinação de formatos potencializa o impacto das mensagens, com o rádio sendo protagonista em ambientes multiplataforma.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
Com informações do portal Inside Radio
Autor: Daniel Starck
fonte: TUDO RÁDIO