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Entrega de televisor antigo no varejo pode ganhar incentivos

Modelo usado seria deixado na compra de um novo, para evitar lixo eletrônico

BRASÍLIA – Uma das propostas em estudo no Ministério das Comunicações é incluir o varejo no esforço de troca de televisores analógicos por digitais. A ideia é dar estímulos ao consumidor que levar a sua TV de tubo para trocar nas lojas por uma de tela fina. O objetivo é evitar o lixo eletrônico que poderá ocorrer com o desligamento do sistema analógico. O comércio deverá receber as TVs de tubo e encaminhá-las para a indústria de reciclagem.

No ano passado foram fabricadas 2,5 milhões de TVs de tubo, segundo a Associação Nacional de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), sem receptor do sinal digital, que serão sucateadas com o desligamento do sinal analógico. Este ano, a projeção é que sejam produzidos 1,2 milhão de aparelhos de tubo, e, no ano que vem, 500 mil unidades. Esses equipamentos, por serem mais baratos, são adquiridos pela população mais pobre, que não sabe que o equipamento ficará totalmente obsoleto até o ano de 2017.

— Seria importante ter uma regra para que o cidadão que comprasse essa TV fosse avisado que ela não pega sinal digital. Mas não é uma obrigatoriedade, o governo não exigiu — disse o vice-presidente da Eletros, Benjamim Sicsú.

A estimativa do vice-presidente da Eletros é de que o conversor com conexão à internet custe cerca de R$ 250, enquanto o preço de uma TV digital de 24 polegadas está em torno de R$ 700.

— O grosso dos aparelhos de TV que estão funcionando no país é de tubo, de 14 a 20 polegadas. Colocar o sinal digital em uma TV de 14 polegadas de tubo não melhora a qualidade. Como vai ter de trocar o sistema, é melhor pensar em subsídio para a compra de um novo aparelho — avalia Sicsú.

Na avaliação da supervisora institucional da Proteste, Sônia Amaro, o governo e o setor produtivo estão se omitindo ao não informar sobre o desligamento da TV digital em alguns anos.

— Essas informações têm de ser passadas de forma clara e transparente para o consumidor. Se ele não recebe informações, pode comprar uma coisa que não vai atendê-lo — disse Sônia Amaro.

O decreto da presidente Dilma Rousseff que alterou e antecipou o cronograma de desligamento da TV analógica foi publicado no final de julho deste ano. Ele antecipou o início do desligamento — previsto inicialmente para 2016 — para 1º de janeiro de 2015.

Com a antecipação, o governo quer liberar em 2015 a faixa de 700 megahertz, ocupada pelas emissoras de TV, para que as empresas de telecomunicações possam fazer transmissões de internet móvel de alta velocidade (4G).



Fonte:O Globo -Digital & Mídia

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