O Ministério das Comunicações confirmou e divulgou o novo cronograma de desligamento da TV analógica no Brasil. A informação é importante para o rádio, veículo que deverá utilizar as faixas liberadas pela TV analógica para inaugurar o chamado “FM estendido”. As emissoras AMs que operam nos principais centros do país vão utilizar as frequências provenientes dos canais 5 e 6 da TV analógica (76 MHz a 87 MHz), devido o “congestionamento” causado pelo excesso de FMs atuais na faixa convencional (88.1 FM a 107.9 FM). Migrantes originadas na faixa AM que atuam em praças como São Paulo e Rio de Janeiro dependem do desligamento da TV analógica. Acompanhe:
O cronograma divulgado vai até 2023, quando será concluído o desligamento da TV analógica. Porém numa primeira análise o processo de migração das AMs para a faixa FM estendida não deverá ser iniciado após a conclusão de todo o processo, sendo uma expectativa do setor. Por exemplo, o desligamento da TV analógica nos grandes centros deverá contar com menos dificuldade no processo do que em cidades de menor população, ou seja, cenário que não atrapalha a migração AM para o FM estendido. Motivo: o rádio vai precisar dos canais 5 e 6 de televisão justamente nas áreas mais populosas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Porto Alegre, entre outras regiões.
O processo de desligamento da TV analógica está agendado para março de 2017 em São Paulo, cidade que entre 2014 e 2015 contou com testes em FM estendido mesmo com a permanência do canal 5 de TV analógica. Na época os resultados foram positivos, com boa propagação de sinal da FM estendida na Grande São Paulo, além da ausência de interferências em transmissões de TV analógica na capital, Grande Campinas, Baixada Santista, entre outras áreas.
De qualquer forma o processo de migração para o FM estendido também não vai resultar no desligamento imediato do AM, já que é aguardado um período de “Simulcast” (as migrantes para o FM estendido poderão contar com cinco anos de operações em AM e FM estendido, com a finalidade de preparar a audiência para a nova faixa, além do mercado). Essas informações serão confirmadas ou adaptadas nos próximos meses pelas entidades e órgãos envolvidos no processo.
Já para as migrantes com espaços no FM “tradicional”, o processo será mais rápido, com a previsão de primeiras operações em 2016. Nas últimas semanas foram liberadas informações dos primeiros “lotes” de emissoras migrantes, sendo estações que já conhecem as suas futuras faixas no FM. Entre hoje e amanhã o Tudo Rádio dará mais detalhes sobre um evento que será realizado em São Paulo que pretende preparar o setor para a primeira etapa da migração, tirando dúvidas, informando detalhes de cronogramas e processos, entre outras questões.
Fonte: Aesp