DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dois meses após o Supremo Tribunal Federal suspender a eficácia de boa parte da legislação de imprensa produzida pela ditadura militar (1964-1985), a Câmara dos Deputados debate hoje a liberdade da atividade jornalística no país.
A conferência -realizada pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)- vai discutir ameaças à liberdade de imprensa e a criação de lei de acesso a informações públicas e de uma nova legislação para o setor. A abertura da 3ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa contará com a presença do vice-presidente da República, José Alencar, e dos presidentes do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O evento acontecerá no auditório da TV Câmara, a partir das 9h30, e será aberto ao público (o auditório tem capacidade para 120 pessoas).
O dia de hoje marca um ano da morte de Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha. A conferência fará também menção à morte de Demócrito Rocha Dummar, presidente do grupo de “O Povo”, do Ceará, ocorrida na sexta passada.
O primeiro painel tratará da “Conquista do direito à liberdade de imprensa” e terá como palestrantes Luís Frias, presidente do Grupo Folha; João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo; Júlio César Mesquita, do Conselho de Administração de “O Estado de S. Paulo”; e Roberto Civita, presidente da Editora Abril. Nelson Sirotsky, presidente da ANJ, será o mediador.
A segunda rodada de palestras terá como tema “A imprensa na história política do Brasil”. Vão debater os senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Jefferson Peres (PDT-AM), o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto. O mediador será o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício Azêdo.