Em encontro do Ministério das Comunicações e com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), realizada em Brasília, os representantes decidiram criar grupos de trabalho para discutir as principais demandas do setor de radiodifusão. O primeiro item da agenda de encontros debaterá os principais fatores críticos à infraestrutura de emissoras.
“A discussão vai tangenciar vários assuntos de interesse do setor, como padrão de tecnologia, interferências e conferências, como a Conferência Mundial de Radiocomunicações, que ocorrerá no próximo ano”, afirmou Patrícia Ávila, diretora do Departamento de Acompanhamento e Avaliação do Ministério. Uma lista elaborada pelas emissoras associadas à Abert aponta pelo menos doze pontos considerados críticos. Entre eles estão a pirataria, distúrbios da ordem pública (quando uma emissora é atacada por motivações ideológicas ou criminosa), falta de energia elétrica e invasão de páginas na internet.
No próximo semestre, o ministério pretende consolidar um diagnóstico em parceria com as emissoras, para definir critérios e pontos de vulnerabilidade nas instalações. O diretor de Tecnologia da Abert, Ronald Siqueira Barbosa, afirmou que a pirataria deve ser considerada prejudicial a outros setores, como o aéreo e o marítimo. Ele criticou a atuação de juízes que liberam donos de rádios piratas de processos judiciais, sob a alegação de que prestam serviço comunitário.
As delegacias do ministério nos estados foi outro assunto discutido na capital federal. Barbosa chamou atenção para a importância de os radiodifusores serem informados sobre o trabalho realizado nos órgãos regionais. “As delegacias facilitam a vida do radiodifusor, pois ele não precisa ir a Brasília para resolver problemas que podem ser resolvidos nessas delegacias”, disse. O diretor da Abert ainda cobrou dos representantes do ministério solução dos processos de retransmissoras de TV, que estão parados no órgão.
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