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Ministro das Comunicações diz que no Brasil existe o ''jornalismo insinuativo''


Durante a Comissão de Ciência e Tecnologia realizada nesta terça-feira (23/8), na Câmara dos Deputados, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), criticou a maneira como a imprensa apura e divulga as informações. “Ao invés de jornalismo investigativo, estão fazendo jornalismo insinuativo”, acusou. “Jornalista não pode ser desleixado, preguiçoso. Ele tem de ir atrás”.

O tema da audiência pública era o modelo de rádio digital que será adotado no País, e, segundo o jornal O Estado de São Paulo, a intenção da base aliada presente na reunião era impedir que outros assuntos, que não a discussão a respeito das questões técnicas da transição do dial, fossem tratados com o ministro. Ao final da reunião, a bancada petista presente na audiência tentou, mas sem sucesso, livrá-lo de ter de responder sobre suas relações com a empreiteira Sanches e Tripoloni. Irritado, Bernardo criticou a maneira como as informações são veiculadas na mídia.

Novo foco de crise
No fim da audiência, o ministro foi questionado pela oposição a respeito de sua relação com a empreiteira, tendo como base a reportagem da revista Época desta semana. Apesar de negar novamente troca de favores com empresários do Paraná responsáveis por obras federais no estado quando ainda chefiava a pasta do Planejamento, Bernardo admitiu conhecer os sócios da empreiteira Sanches e Tripoloni e disse que pegou caronas em aviões alugados em 2010 pela campanha ao Senado de sua esposa e atual ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT).

Outro assunto levantado pelos deputados do DEM Onyx Lorenzoni (RS), Rodrigo Maia (RJ) e Pauderney Avelino (AM) foi a doação realizada pela mesma empreiteira à campanha de Gleisi. A respeito do tema, o casal de ministro informou, em nota publicada no G1, que as acusações eram “totalmente inverídicas”.

Explicações
Antes que Bernardo pudesse responder os parlamentares do Democratas, os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gilmar Machado (PT-MG) iniciaram um bate-boca para evitar que as questões fossem abordadas, já que não era essa a pauta da audiência. A fim de acalmar os ânimos, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que o ministro poderia responder aos questionamentos na próxima semana, quando deverá comparecer à Comissão de Fiscalização e Controle.

Porém, mesmo com a tentativa de seus colegas de partido, Bernardo disse que a obra sob suspeita em Maringá, interior do Paraná, foi originada de uma emenda parlamentar. “Todos os deputados e senadores do estado do Paraná assinaram o pedido. Quando tem a demanda, todos vão lá pedir, mas quando tem um problema o ministro Paulo Bernardo vira padrinho do problema”, reclamou.


 

Fonte:Comunique-se -1º Caderno – Ministro das Comunicações


DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

COMUNICADO A TODAS AS EMISSORAS DE RÁDIO, TELEVISÃO E PRODUTORAS

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