Igor Freitas disse também que é preciso dar um tratamento melhor à necessidade de rentabilidade das empresas

O novo conselheiro da Anatel, Igor Freitas, defendeu a participação da Anatel na regulação da internet. Segundo ele, que foi empossado nesta terça-feira (17) no cargo, a agência tem funções técnicas importantes nesse campo, especialmente na regulação da camada de infraestrutura, que é de sua competência direta e ir além. “É um desafio, mas se a gente olhar o desenvolvimento tecnológico das redes e dos serviços, não tem como evitar”, afirmou.

“A Anatel precisa entender melhor e acompanhar a evolução dos serviços de internet, participar ativamente das discussões que acontecem no Congresso [Nacional] com relação à regulação e ter informações confiáveis e legítimas para que as decisões sejam tomadas pelos parlamentares, governo e em organismos internacionais”, ressaltou Freitas. Ele apontou também que é preciso fortalecer os consumidores, sem esquecer a necessidade de rentabilidade das empresas do setor, que nem sempre recebe o tratamento que merece.

Freitas disse que quer contribuir para que a Anatel alcance a percepção de que é um órgão confiável para as empresas, para os usuários, para o governo e para a sociedade como um todo. O novo conselheiro, que a princípio ia começar a trabalhar só em janeiro, disse que participará da reunião do conselho diretor da agência já nesta quinta-feira.

Transparência

O presidente da Anatel, João Rezende, que reassumiu o cargo na semana passada, disse que a agência tem uma série de desafios para 2014, como o leilão da faixa de 700 MHz e do fortalecimento dos usuários frente às empresas. Ele prometeu novas medidas de transparência, como a possibilidade de participação direta de representantes das empresas nas reuniões do conselho. Segundo ele, a sustentação oral deve acontecer já na primeira reunião de fevereiro do ano que vem.

Reclamações

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, por sua vez, disse que a Anatel tem sabido dosar para resolver questões importantes, como de cobertura em locais ainda não atendidos. Ele disse que esse “ativismo” da agência tem sido motivo de reclamações dos empresários no mercado. E avisou que a Anatel não existe para proteger nem prejudicar as operadoras, mas para mediar as relações e está fazendo isso muito bem.

Fonte: Tele Síntese -Internet