Uma das empresas fortalecendo a presença no Brasil é a Google. Seu braço Google eBooks abrirá a primeira eBookstore aqui, e Tom Turvey, diretor de parcerias estratégicas, veio ao país estreitar laços com editoras, livrarias e autores.
O GLOBO: Qual o objetivo da Google no mercado de livros eletrônicos brasileiro?
TOM TURVEY: Por causa do projeto do Google eBooks, construímos um relacionamento com as editoras, inclusive com as maiores do Brasil. Por isso, de tempos em tempos nos encontramos com os parceiros. Desta vez, não vamos falar só das parcerias que já firmamos, mas também sobre o futuro lançamento da Google eBooks no Brasil.
Poucos têm e-readers no Brasil, e o e-book gera 1% da receita do mercado editorial. Vale investir?
TURVEY: O Brasil é um dos países com maior índice de leitura na América Latina. A economia do país está crescendo, assim como seu mercado de vendas on-line e de artigos digitais. O Brasil é um mercado promissor para e-books.
O mercado de e-books deve convergir para algum dispositivo ou formato específico de leitura?
TURVEY: Um dos principais aspectos que vem fomentando o crescimento do mercado mundial de ebooks é a existência do padrão EPUB, criado pelo International Digital Publishing Forum em 2007. Foi criado fora de qualquer corporação. Algumas empresas fizeram adaptações, mas o padrão se mantém e é muito bem aceito no mercado.
A Amazon vai ter sucesso, apesar de seu ambiente fechado?
TURVEY: Ter plataforma aberta é muito importante para o crescimento desse mercado em qualquer país. Basta que pensemos nos livros convencionais. Eles têm um formato razoavelmente padronizado, o que favoreceu a venda e compartilhamento das obras ao longo dos anos. Graças a esse padrão de capa, encadernação e formato, os leitores podem comprar livros tradicionais em qualquer loja e lê-los da mesma maneira. Se os e-books pretendem ser tão divulgados e lidos, precisarão ter o mesmo apelo, ou seja, a plataforma terá que ser aberta.
Vocês dizem que a Google eBooks foi construída para ser aberta a vários leitores eletrônicos. Mas é possível ter um e-reader produzido pela Google?
TURVEY: Não temos planos para um leitor eletrônico específico, não é nosso objetivo. Nossa plataforma é aberta e trabalha com padrões abertos. Queremos dar suporte ao máximo de aparelhos possível.
O e-book aqui ainda é caro.
TURVEY: Preço é um fator crucial em qualquer mercado de e-books. Até nos EUA, os e-books já foram caros. Esperamos que, com o passar do tempo, e com os livros eletrônicos se popularizando, isso mudará aqui no Brasil também.
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