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O Brasil na disputa dos melhores da TV


 A performance de Lilia Cabral como Tereza, em “Viver a vida”, não comoveu apenas o público brasileiro que acompanhou a novela de Manoel Carlos, na TV Globo. Na manhã de ontem, Lilia foi indicada na categoria de melhor atriz na 38aedição do International Emmy Awards, que premia os melhores da televisão mundial. O anúncio foi feito durante o primeiro dia da Mipcom, feira europeia de conteúdo de entretenimento, realizada em Cannes, na França.

— Eu soube logo cedo. Fiquei muito emocionada. Até chorei. Levei um susto porque, sinceramente, já tinha esquecido que isso podia acontecer. A gente não fica pensando nisso o tempo todo, até porque é uma coisa tão distante…

Aqui no Brasil, a gente consegue acompanhar o desenrolar das premiações locais. Só que, no Emmy, estão as TVs do mundo inteiro — diz Lilia.

A atriz concorre na categoria pela segunda vez. A primeira foi em “Páginas da vida”, também de Manoel Carlos, em que viveu a personagem Marta: — Mas eu perdi.

Juro que não teve problema. Assim como da outra vez, eu não vou com expectativas. Já estarei participando de uma festa bonita, que envolve pessoas e programas do mundo inteiro.

Em cartaz com a peça “Maria do Caritó”, a atriz afirma que até hoje é abordada por conta de sua atuação na novela. Na história, Tereza perdia o marido para uma mulher mais jovem e encarava de frente o drama da filha, Luciana (Alinne Moraes), que ficou paraplégica depois de um acidente.

— Sem exagero, acho que não tem um dia que alguém não lembre dela. No teatro, o público que me espera no final da peça sempre comenta sobre esse trabalho. São pessoas que dizem ter se identificado com Tereza — conta Lilia, que concorre com Iris Berben (por “ The Krupps — A family between war and peace”), Helena Bonham Carter (“Enid”) e Lerato Moloisane (“Home affairs”).

A atriz não é a única brasileira a concorrer na premiação.
O especial “Por toda minha vida”, que reconta dramaturgicamente a trajetória de grandes nomes da música brasileira, marca presença pela quarta vez consecutiva na lista de indicados na categoria programas de arte. Desta vez, pelo episódio sobre a vida de Cazuza.

— Eu fiquei felicíssimo. O mais legal de ver o “Por toda minha vida” no Emmy é entender que o programa dialoga com o mundo. São 40 televisões que concorrem com as mais diferentes atrações e só quatro são selecionadas. Para mim é aquele inevitável clichê: a indicação já é um prêmio — comemora o roteirista George Moura, que assina a série.

O primeiro episódio do programa a ser indicado ao Emmy foi o que contava a história de Elis Regina. Depois, os especiais sobre Nara Leão e Mamonas Assassinas também entraram na listas das edições passadas.

A nova temporada de “Por toda minha vida” ainda não tem previsão de estreia na grade da TV Globo.

— Temos quatro novos programas prontos. Um sobre as Frenéticas, um sobre o RPM, um sobre Cartola e outro sobre Adoniran Barbosa. Estamos no aguardo — adianta Moura.

Entre os indicados a melhor programa de arte ainda estão “Imagine… David Hockney: A bigger picture”, do Reino Unido; “Personas inside out”, do Japão, “The world according to Ion B.”, da Romênia.

De ‘Som & fúria’ a ‘Kuarup’

Mais brasileiros também estão na disputa por um prêmio. “Som & fúria”, dirigida por Fernando Meirelles, concorre como melhor minissérie; “Dó-ré-mi-fábrica”, na categoria programa infanto-juvenil; e “Kuarup”, como melhor documentário.

DESTAQUE SERTESP - 23/05/2024

COMUNICADO A TODAS AS EMISSORAS DE RÁDIO, TELEVISÃO E PRODUTORAS

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